18-04-2008 - Brasil na lista das epidemias

O Brasil é o 13º de uma lista de 53 países na zona tropical com maior potencialidade para desenvolver epidemias de grandes proporções. As condições socioeconômicas e os níveis de alteração e devastação ambiental foram relacionadas para chegar a esse resultado. O alerta é de um levantamento inédito no país feito pelo Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP).
O estudo analisou a incidência de quatro doenças hemorrágicas (dengue hemorrágica, febre amarela, ebola e marburg), entre 1980 e 2005. A febre amarela atinge a América do Sul, Central e África. Ebola e Marburg (doenças parecidas e com alta letalidade) são restritas ao continente africano.
Já a dengue hemorrágica estende-se por praticamente toda a área tropical, incluindo países das América do Sul e Central, África e Ásia. A conclusão é que, não só a incidência dessas doenças é cada vez maior, como a emergência de novas epidemias ainda desconhecidas é uma possibilidade também cada vez maior.
- No Brasil, ainda se morre de febre amarela e de dengue. Isso mostra que não estamos preparados para tratar outras possíveis doenças - afirmou o geógrafo Paulo Roberto Moraes, autor da pesquisa, que se transformou em sua tese de doutorado.

Secretário será multado em R$ 10 mil
No topo da lista dos países mais vulneráveis, aparece a República Democrática do Congo, país que registrou 868 casos de Ebola e 154 de Marburg, no período analisado.
Enquanto se fala em risco de epidemias, o Rio de Janeiro continua às voltas com um surto para lá de real de dengue no Estado.
Ontem, a juíza da 18ª Vara Federal, Regina Coeli Medeiros de Carvalho, decidiu aplicar multa de R$ 10 mil, descontada diretamente no contracheque do secretário Municipal de Saúde, Jacob Kliegerman.
Ele está sendo punido por descumprir a determinação judicial da semana passada de abrir todos os postos de saúde do Rio 24 horas por dia para ajudar no atendimento e tratamento dos pacientes com dengue. A ação foi impetrada pela Defensoria Pública da União.

Fonte: Diário Catarinense - 18-04-2008


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