18-04-2008 - Roraima: médicos do PSF paralisam atividades

Os 53 médicos do Programa Saúde da Família (PSF) de Roraima paralisaram as atividades por tempo indeterminado, a partir desta quinta-feira, 17/04. A categoria reivindica reajuste salarial, pagamento de 13º salário e ajuda do município para custear o combustível usado no deslocamento dos médicos até os postos de saúde. O custeio é justificado pelo fato de que há postos distantes e muitos médicos utilizam transporte próprio.    
Segundo informações do Sindicato dos Médicos de Roraima, que esta semana elegeu sua nova diretoria dando continuidade ao processo de reestruturação de sindicatos médicos da Fenam, há sete anos os médicos do PSF não recebem reajuste salarial. Atualmente, a remuneração é de R$ 6 mil, mas com os descontos esse valor cai para cerca de R$4 mil.     
A Secretaria Municipal de Saúde (Smsa) alega estar impossibilitada de conceder o ajuste salarial para a categoria. O secretário Namis Levino confirmou que não há reajuste para os médicos do PSF há sete anos. De acordo com um jornal de Boa Vista, "o secretário alega que o Governo Federal, que financia parte do programa, nunca aumentou o repasse de verbas, que é de R$ 5.400,00 mensais, para cada equipe de Saúde da Família, composta por um médico, um enfermeiro, dois técnicos de enfermagem e seis agentes comunitários de saúde. A outra parte do salário é custeada pelo município. Ele justificou também que os médicos não recebem o 13º salário porque o contrato de quem atua na Saúde da Família é temporário, exceto o dos agentes de saúde."     
O jornal prossegue, afirmando que o secretário disse que a prefeitura entende a necessidade de reajuste, mas que também está legalmente impedida de fazê-lo, mesmo que houvesse verbas, porque 2008 é um ano eleitoral e o aumento salarial é proibido nessa época. Ele disse também que houve uma grande perda nas verbas destinadas à saúde municipal.      

Fonte: Site FENAM - 17-04-2008


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