09-05-2008 - TISS: avaliação sobre padronização supera expectativas da ANS

Segundo dados do Radar TISS, realizado para avaliar a situação de implantação do sistema de padronização pelas operadoras, em outubro do ano passado os resultados foram surpreendentes. De acordo com a gerente-geral de Integração com o Sistema Único de Saúde (SUS), Jussara Macedo Rötzch, a avaliação mostrou que houve uma grande adesão à guia TISS e o padrão eletrônico já foi adotado por grande parte dos prestadores e operadoras.
A região Sul foi a que apresentou a maior adesão ao padrão eletrônico, seguida pela região Sudeste. Como já era esperado, no entanto, as regiões Norte e Nordeste apresentam o menor índice de adesão eletrônica. Ainda assim, o alto índice de operadoras e prestadores que estão trocando informações eletronicamente superou as expectativas a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A Unimed-Belém, por exemplo, informou, durante o Encontro ANS, realizado em Brasília, com as operadoras das regiões Norte e Centro-Oeste, que 90% de suas singulares já estão habilitadas para trabalhar com a troca de informações eletrônica.    
De acordo com Jussara Macedo, os hospitais de pequeno e médio porte são as instituições que estão tendo maior dificuldade para aderir à padronização. Já os laboratórios, prontos-socorros, consultórios e grandes hospitais têm mais facilidade para implantar o TISS.
    
COPISS    
Segundo a gerente da ANS, o Comitê de Padronização das Informações em Saúde Suplementar (COPISS) está terminando as discussões para unificar a terminologia e codificação usadas pelo TISS, com base na Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM). Para Jussara Macedo, assim que essas discussões forem encerradas, bem como a definição de órteses e próteses, o mercado estará pronto para utilizar o TISS plenamente, falando uma mesma linguagem.    
A ANS credita ao COPISS a superação das expectativas quanto à adoção do TISS pelo mercado. A colaboração conjunta de todos os segmentos do setor foi fundamental para o desenvolvimento dos conceitos do padrão e sua aceitação por prestadores e operadoras. Mesmo ainda havendo resistência por parte dos médicos – principalmente em relação à questão da confidencialidade das informações e do desejo de que o prazo para a adoção do processo eletrônico fosse adiado – a categoria tem colaborado para que haja uma implantação ágil da padronização.    
Durante o Encontro ANS, os prestadores concluíram que os profissionais que não se esforçarem para se adaptar às mudanças propostas pelo TISS, poderão ficar fora do mercado, uma vez que estarão fora do padrão geral. Na opinião da gerente da ANS, todos os participantes do COPISS estão se empenhando para chegar a um consenso. “O COPISS segue uma tendência, que foi definida ao identificar sua prioridade: a necessidade de reunir prestadores e operadoras para conversar”, disse Jussara Macedo. Para ela, o COPISS tem sido um ponto de encontro entre os setores, que tem permitido um avanço no relacionamento entre eles e entre a própria agência.     
Segundo Jussara Macedo, todas as diretorias da ANS têm participado das reuniões do COPISS e a pauta não tem ficado restrita ao TISS. Um bom exemplo foi a criação da gerência de relacionamento da ANS com os prestadores, que nasceu no COPISS. A ANS acredita que o relacionamento está proporcionando um reconhecimento da situação de cada prestador e operadora, permitindo que entendam melhor as dificuldades de cada grupo e propondo soluções pacíficas.    
“A própria ANS passa a ouvir melhor a dificuldade que o setor enfrenta dia-a-dia”, analisou Jussara, ressaltando que a confiança no órgão também aumentou, mas que, agora, descobriu-se o “caminho da regulação”. “Claro que isso não minimiza as dificuldades. Elas existem. Mas há um interesse dos envolvidos em resolvê-las”, afirmou.
     
Fonte: Informativo Fenam - 08-05-2008


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