Moradores do Kobrasol, em São José, reclamam da falta de médicos e da demora nos atendimentos na policlínica municipal do bairro. Na última terça-feira, a auxiliar administrativa, Rosane Tomelin, ficou sem atendimento para ela e para o filho de 11 anos. Com fortes dores nos rins, ela precisava de um clínico geral e de um pediatra para encaminhá-los ao Raio-x.
Contudo, o setor de marcação de consultas recomendou que ela ligasse no próximo dia 20, pois a agenda dos profissionais estava lotada essa semana. “Tenho procedimentos encaminhados que estão sem retorno há mais de um ano. E a policlínica é o único serviço de saúde para onde posso recorrer, pois não tenho condições de pagar um plano privado”, reclamou ela.
Pacientes reivindicam ainda um reforço no estoque de medicamentos e a contratação de profissionais, principalmente nas áreas de cardiologia, neurologia, ortopedia e psiquiatria. De acordo com o secretário municipal de Saúde, Blasco barcellos, que assumiu a pasta recentemente, foram encaminhados alguns projetos à Câmara de Vereadores com a intenção de criar novos cargos e viabilizar a realização de concursos.
“Estamos dependendo dos encaminhamentos da câmara, temos um prazo apertado, até 5 de julho, para homologar o resultado do concurso e fazer as contratações”, explica ele. Se os projetos não forem aprovados no prazo, lembra Barcellos, é provável que as novas admissões só aconteçam em janeiro. “Aí vamos partir para outros meios de contratação”.
Câmara afirma que há vagas
O presidente da Câmara de Vereadores, Édio Vieira, argumenta que existem várias vagas abertas no serviço de saúde de São José e, neste caso, o Executivo poderia contratar imediatamente, sem a necessidade de aprovação dos projetos que tramitam na casa. “Não houve planejamento na hora de formar o efetivo, e agora querem que os vereadores aprovem a criação de novos cargos da noite para o dia. Muitos médicos pediram as contas em função dos baixos salários”, disparou o vereador.
Fonte: Notícias do Dia - 15-05-2008