A Federação Nacional dos Médicos (Fenam), o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Unimed do Brasil abriram, na noite desta quarta-feira (04/06), no auditório do CFM, em Brasília, o I Fórum Nacional de Cooperativismo Médico. Na abertura, o presidente da Fenam, Eduardo Santana, ressaltou a necessidade de fortalecer as cooperativas com o objetivo de avançar quanto à atenção à saúde.
“Não podemos ficar à mercê de regulamentações e financiamentos que o governo manipula. Hoje mesmo estamos vendo a dificuldade para se votar um projeto que prevê um financiamento estável para a saúde e o governo se aproveita disso para criar um novo imposto e ainda propõe a retirada do Fundeb da base de cálculo dos Estados para tirar mais dinheiro da saúde”, disse.
Eduardo Santana lembrou que o Fórum de Cooperativismo Médico foi uma das propostas definidas no último Encontro Nacional das Entidades Médicas (ENEM). “É importante que estejamos discutindo essa questão. Precisamos nos aprofundar mais no tema e não nos contentar com uma discussão superficial”, ressaltou.
Segundo o dirigente, a lógica é que haja uma construção conjunta entre as três entidades médicas nacionais sobre o tema e, a partir disso, seja reconhecida a organização do trabalho médico. Além disso, Santana disse que é preciso perceber qual o espaço real do cooperativismo para que ele não seja mal utilizado e, dessa forma, desqualifique a assistência.
Ética médica
Durante a abertura do evento, os participantes ressaltaram a importância da revisão do código de ética médica e a utilização da medicina baseada em evidência, como forma de reduzir o custo assistencial, sem perder a efetividade do atendimento.
Para o vice-presidente do CFM, Roberto D’Ávila, é preciso trabalhar as questões de maneira transparente, ressaltando, também, a importância da educação médica continuada. Para tanto, D’Ávila disse que é necessária uma parceria entre o CFM e a Unimed para a criação de um Centro de educação e Formação Médica Continuada.
O representante do CFM considera que o Fórum precisa ser encerrado na sexta-feira com uma carta de compromissos, garantindo, assim, no mínimo, a continuidade das discussões.
Fonte: Informativo Fenam - 05-06-2008