Pacientes de fora
Os dados sobre a mortalidade em Joinville comprovam que a cidade vai atendendo cada vez mais à demanda de outros municípios. No quadriênio 2000-2003, das 8,7 mil mortes registradas em Joinville, 10% eram de moradores de outras cidades que buscaram atendimento aqui. Atendimento geralmente hospitalar, pela gravidade dos casos.
Entre 2004 e 2008 (número até abril), foram 11,1 mil óbitos em Joinville. E a parcela dos mortos sem residência na cidade subiu para 15%: 1.625 que morreram em Joinville moravam em outros municípios, segundo os dados da Secretaria de Estado da Saúde. Câncer e acidentes de trânsito alimentam as estatísticas do atendimento a pessoas de outras cidades. Atender a pacientes de várias cidades faz parte da condição de pólo regional de Joinville. São mantidos convênios com dezenas de outras prefeituras, com ressarcimento pelo SUS. Resta saber se esses repasses têm sido suficientes para bancar os custos de Joinville, que gasta acima do determinado pela lei e não consegue atender a todos os joinvilenses de forma satisfatória
Fala, Cromácio
O gerente financeiro da Secretaria de Saúde de Joinville, Cromácio José da Rosa, discorda das críticas do presidente do Sindicato dos Médicos de Joinville, Hudson Carpes, que reclamou do atraso na instalação do acelerador linear no São José. Carpes ainda perguntou se um dos motivos da demora não seria por conta de interesse de empresa privada em instalar equipamento semelhante.
Convênio
Cromácio diz que o governo do Estado vai entrar com R$ 400 mil para a construção da casamata - onde será abrigado o acelerador - e a Prefeitura de com outros R$ 400 mil. Para Cromácio, o atraso na obra foi motivado por exigências burocráticas. E arremata: "Desconheço que uma empresa privada queira instalar acelerador Se tiver, não há problema algum, será mais um equipamento para atender à população. Se Hudson tem algo contra isso, é problema dele". Inegável é que a obra atrasou mesmo.
Fonte: Blog do Saavedra/AN - 24-06-2008