O governo federal vai produzir e distribuir 400 máquinas de preservativos para escolas de ensino médio e locais considerados estratégicos. Um dos modelos adotados é o desenvolvido pelo Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Santa Catarina, que venceu um concurso promovido em novembro pelos ministérios da Saúde e Educação para definir a aparelhagem a ser utilizada.
No modelo apresentado em um dos estandes do 7º Congresso Brasileiro de Prevenção das DST e Aids, realizado no Centrosul, em Florianópolis, até amanhã, o usuário digita seu número de matrícula e depois uma senha para retirar o preservativo gratuitamente.
A máquina é adaptável também para uso de moedas e cartões. Pode também dispensar o número de matrícula, já que um dos objetivos é impessoalizar a obtenção da camisinha e evitar constrangimento. O coordenador da Unidade de Prevenção do Programa Nacional de DST/Aids do Ministério da Saúde, Ivo Brito, diz que, além das escolas, as máquinas serão colocadas em pontos como boates, saunas e rodoviárias. Nesses, deve custar R$ 0,25.
O anúncio foi feito na manhã de ontem pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, para quem a colocação das máquinas faz parte da política de acesso à educação sexual nas escolas e incentivo ao uso de camisinha, que considera um dos grandes desafios no combate à Aids no Brasil.
Os locais que receberão a primeira leva de máquinas serão definidos até outubro. Para isso, as escolas precisarão ter aulas de informação sobre sexo e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada.
O ministério estudou importar máquinas, mas pela dificuldade de manutenção, optou por incentivar os Cefets a produzi-las.
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Produção para teste
Inicialmente, o Ministério da Saúde confirmou a fabricação de 400 unidades de máquinas de camisinhas, para avaliação do projeto. O custo unitário de produção será R$ 400 - em média 40% mais baixo que o valor de uma máquina no mercado internacional.
Fonte: AN - 27-06-2008