A partir desta terça-feira, 1º de julho, estão suspensas todas as cirurgias eletivas – média e alta complexidade – feitas nos hospitais conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS), em Alagoas. Em 19 de maio último, os médicos decidiram suspender o agendamento das cirurgias eletivas com o objetivo de pressionar o governo a reajustar a tabela de remuneração do SUS. A suspensão é por tempo indeterminado.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed/AL), Wellington Galvão, apenas os procedimentos de urgência e emergência estão sendo preservados. Ele informou que o número de cirurgias no Estado, que antes era de 10 mil/mês, caiu para dois mil/mês. Isso ocorre, de acordo com Galvão, devido à falta de reajuste na tabela remuneratória do SUS. A maioria dos médicos e hospitais da rede pública de saúde não tem interesse em realizar cirurgias pelo SUS, o que aumentou a fila de espera por cirurgias.
Segundo Galvão, atualmente cerca de 300 médicos atendem pelo SUS no Estado. "Já foram mais de mil médicos", disse.“São mais de 12 anos de defasagem, por isso não há interesse dos médicos e hospitais conveniados ao SUS em realizar os procedimentos operatórios”, informou Wellington Galvão, esclarecendo que o objetivo do protesto é conseguir a equiparação da tabela dos SUS com a remuneração paga aos médicos pelos convênios privados de saúde.
“O SUS remunera muito mal. Essa luta é para que governo e municípios complementem os valores pagos pelo SUS”, cobrou o presidente do Sinmed.
Fonte: Alagoas Agora - 01-07-2008