As entidades médicas nacionais – Associação Médica Brasileira (AMB), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Federação Nacional dos Médicos (Fenam) – vão se reunir, no próximo dia 18, para definir uma política comum em relação às questões do setor privado. O encontro marca o início das atividades da secretaria de Saúde Suplementar da Fenam, que acaba de ser criada com a revisão do estatuto da entidade.
Segundo o secretário de Saúde Suplementar da Fenam, Marcio Bichara, a intenção da entidade era centralizar as informações sobre o setor privado, de forma que houvesse mais organização. Além de agregar todas as representações dos sindicatos nos eventos da saúde suplementar, a secretaria vai pautar a diretoria da Fenam, apontando os pontos centrais de discussão.
Com a criação da secretaria pela Fenam, as entidades devem atuar mais fortes no setor, com maior peso político, de forma perene e não só se preocupar em “apagar incêndios”, como definiu Marcio Bichara.
Durante o encontro, no próximo dia 18 de abril, na sede da AMB, em São Paulo, as entidades devem discutir os assuntos prioritários para o setor. Entre eles, está a adoção da TISS (Troca de Informações em Saúde Suplementar) até o dia 30 de novembro. De acordo com Marcio Bichara, a informatização dos consultórios médicos ainda é um problema, principalmente na Região Norte, onde não há acesso à internet. Além disso, há o aumento dos custos dos médicos, com a compra de computadores. A idéia é negociar com o Banco do Brasil um financiamento em nível nacional para adquirir esses equipamentos. O medo dos médicos é que, caso não consigam se adaptar à comunicação eletrônica, as operadoras questionem o credenciamento dos profissionais em suas redes.
Outro ponto a ser analisado é a contratualização. Os médicos pretendem propor uma revisão do dispositivo, insistindo na inclusão de um item que garanta a negociação de reajustes anuais. Essa pauta será apresentada à Gerência de Relacionamento com os Prestadores, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em sua próxima reunião, ainda sem data para acontecer.
Quanto à CBHPM, a AMB é a responsável pela incorporação de novos procedimentos à tabela, já que a entidade tem o direito de uso da nomenclatura da Classificação. Os médicos comemoraram a adoção da CBHPM como referencial de codificação e nomenclatura da TISS. Já o reajuste dos valores dos procedimentos continuarão a ser negociados entre lideranças médicas locais e operadoras.
Fonte: Informativo Fenam, com edição de Imprensa Fenam - 09-07-2008