Pelos menos 59 médicos vinculados a hospitais da rede pública estadual já encaminharam ao Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) seus respectivos pedidos de exoneração dos cargos que ocupam.
O quantitativo é formado por 37 médicos que trabalham na UTI (o correspondente a toda a equipe) e 22 cirurgiões vasculares, todos lotados no Hospital da Restauração. Além deles, todos os clínicos dos hospitais Getúlio Vargas, Otávio de Freitas e da Restauração, além de alguns obstetras neonatologistas do Hospital Barão de Lucena também entregaram à entidade uma carta de intenção de demissão.
Os médicos, porém, devem aguardar mais uma assembléia da categoria, marcada para o dia 24 de julho, para decidir sobre a entrega dos pedidos de demissão ao estado. Até lá, eles esperam receber mais uma proposta por parte da Secretaria Estadual de Saúde. A saída efetiva dos médicos, no entanto, só ocorreria de fato 30 dias depois, em 24 de agosto, conforme orientação do Jurídico do Simepe.
Na noite do dia 10 de julho, a categoria rejeitou, por unanimidade, o plano de reajuste salarial de 48% para os plantonistas das grandes emergências do estado. De acordo com o vice-presidente do Simepe, Sílvio Rodrigues, a proposta da SES era excludente.
"Em um universo de 6 mil médicos que trabalham para o estado, apenas 800 seriam beneficiados com o reajuste", critica. Outra observação de Sílvio é a de que a Secretaria ignorou uma das prioridades apontadas pelo pleito da categoria. "Colocamos a valorização dos médicos do interior como um dos principais pontos. Nossa idéia era a instituição de uma gratificação para ajudar na fixação desses profissionais", esclarece.
Fonte: Simepe - 14-07-2008