23-07-2008 - DIVE participa de campanha de prevenção contra a tuberculose, doença que atingiu 1600 catarinenses no ano passado

O Ministério da Saúde encerra no próximo sábado, 26 de julho, a Campanha de Combate à Tuberculose, que inclui publicidade no rádio e na televisão, mais distribuição de cartazes e fôlderes com informações sobre a doença. No ano passado, foram registrados 1.600 casos novos de tuberculose em Santa Catarina, e um dos objetivos da campanha é reduzir o abandono do tratamento para índices inferiores a 5%. O paciente que pára de tomar os remédios indicados pelo médico pode provocar o surgimento de bactérias resistentes aos medicamentos e desenvolver um tipo de tuberculose ainda mais difícil de ser tratada. De 1997 a 2007, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) registrou 59 casos do tipo mais resistente da doença em Santa Catarina. A maior parte surgiu devido ao abandono do tratamento.
Apesar da tuberculose ser uma doença grave, que pode levar à morte, o tratamento adequado garante a cura do paciente. O processo de recuperação da saúde consiste na ingestão de antibióticos durante seis meses, sem interrupção, diariamente. Nos primeiros meses, o paciente já começa a apresentar melhoras, o que, eventualmente, o faz crer que não é mais necessário tomar os remédios. Além do abandono do tratamento, outro motivo para o agravamento da situação da tuberculose é a predisposição de seu surgimento em infectados pelo HIV/Aids.
Em matéria publicada no ano passado, em uma revista especializada, Santa Catarina ganhou destaque pela qualidade da informação e vigilância da tuberculose. “O principal recurso de prevenção continua sendo a detecção precoce e o tratamento supervisionado de todos os casos, rompendo a cadeia de transmissão da doença. Portanto é necessário o comprometimento de todos os gestores de saúde na priorização das ações de controle da tuberculose, facilitando o acesso aos serviços de saúde e proporcionando um atendimento de qualidade”, afirma a coordenadora Estadual do Programa de Tuberculose da Diretoria de Vigilância Epidemiológica da SES, Nardele Maria Juncks.
Ao surgir sintomas como tosse  por mais de três semanas, falta de apetite, emagrecimento, dor no peito, cansaço fácil ou febre baixa no final da tarde, a recomendação é que a pessoa procure a unidade de saúde mais próxima. O diagnóstico e o tratamento são oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A doença é uma das mais antigas de que se tem relato na humanidade. Apesar disso, todos os anos são registrados mundialmente cerca de oito milhões de novos casos, com quase dois milhões de mortes.
A tuberculose é considerada um grande problema de saúde pública em 22 países, inclusive no Brasil, onde morrem cinco mil pessoas anualmente. A doença está associada às más condições de vida, aglomerações e problemas sociais, como o uso de drogas, moradores de rua e população carcerária. A campanha nacional, que teve início em 6 de julho, pretende ainda detectar 70% dos casos estimados, curar 85% dos casos notificados, expandir a cobertura do tratamento supervisionado para os municípios prioritários e oferecer teste anti-HIV para 100% dos adultos com tuberculose.

Fonte: SES - 23-07-2008


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