Com quase mil assinaturas colhidas em menos de duas semanas através do abaixo-assinado impresso e virtual (www.abaixoassinados.com.br/1), o movimento que defende a permanência do médico especialista por 24h no plantão da emergência do HRA foi considerado pacífico, organizado e dentro da legalidade, segundo avaliou o promotor, que recebeu o material em seu gabinete na tarde desta quinta-feira, 24.
Para o promotor, além de um importante instrumento democrático, a iniciativa tem influenciado decisões e resultados positivos para a saúde da população. Ele cita como exemplo o atendimento ambulatorial diferenciado, que funciona desde meados de julho no Posto de Saúde Central do Bom Pastor, que de segunda a sexta, das 18h às 22h. O sistema implantado será ampliado nos fins de semana, com o atendimento das 10h às 22h. A decisão, formalizada através de uma reunião entre o Ministério Público, Hospital Regional e Prefeitura de Araranguá, que aconteceu no dia 21 de julho, traçou metas para a melhoria do atendimento na emergência do hospital. Em 60 dias, uma nova reunião será marcada para avaliar os resultados da oferta, que na primeira semana, atendeu mais de 150 pessoas.
Para o promotor, o abaixo-assinado pode embasar uma decisão importante para melhoria no hospital. Ele não soube dizer se há ou não obrigatoriedade legal do serviço de atendimento especializado de urgência e emergência nos hospitais públicos, mas garante que nada impede que o benefício seja concedido, em nome da melhoria da saúde pública da região. Para a família de Emili, que foi até a sede do MP ouvir o promotor, o sucesso da campanha torna-se um consolo para a morte da criança. Eles dizem que assinaturas continuam sendo coletadas através das assinaturas levadas de mão em mão pela comunidade, ou através do site. A meta é chegar a duas mil assinaturas, que serão encaminhadas para o governador do Estado, Secretária de Saúde, MP e outras autoridades. A data ainda não foi definida.
Saiba Mais
O movimento pela implantação do plantão pediátrico 24 na emergência do Hospital Regional de Araranguá foi uma idéia da família de Emili Maciel Costa, 2 anos, morta no dia 4 de julho durante atendimento na emergência do hospital. A idéia foi originalmente abraçada pelo Correio do Sul, que resolveu divulgar a campanha e chamar parceiros para viabilizar o documento que está sendo assinado com a ajuda de veículos de comunicação, entidades e organizações.
Fonte: Correio do Sul - 25-07-2008