25-07-2008 - Grave. Redução no atendimento do HRSJ provoca fila em outros hospitais

A redução em 90% do atendimento emergencial no Hospital Regional de São José (HRSJ) desde março, em razão de reformas, está refletindo no aumento da procura pelo serviço em outros hospitais, como o Florianópolis e o Celso Ramos. O atendimento caiu de 10 mil pata mil em São José, desde que as reformas iniciaram. Filas e maior tempo de espera se tornaram uma situação freqüente no Hospital Celso Ramos. Com fortes dores no pé, a moradora de Biguaçu, Maria de Lourdes da Silva, 63 anos, ficou das 15h até as 19h aguardando para ser atendida. Ela tina saído do hospital ontem mesmo, quando estava acompanhando o marido, Oralino da Silva, 66 anos, internado devido a um derrame.
A rotina de espera também virou freqüente para Fernando Erhardt. Em menos de um mês ele precisou trazer o irmão acidentado e ontem o seu tio, Valdemiro Erhardt, 48 anos, que sofre de asma. Valdemiro ficou em cadeira de rodas aguardando atendimento. “São horas de espera para saber se irão ou não interná-lo”, comentou Fernando.
A reforma do Hospital Regional deveria estar pronta em setembro. A empresa responsável pela ampliação da emergência não identificou que a área era de aterro e pediu mais três meses de prorrogação para terminar a obra. Desde lá, a ala fechou para o público externo e só atende casos emergenciais, encaminhados de outras unidades de saúde, SAMU, Corpo de Bombeiros e encaminhamentos de acidentes, infartos e derrames cerebrais com helicóptero.

Estado afirma que mais médicos estão trabalhando
Roberto Hess, superintendente dos hospitais públicos de Santa Catarina, observa que as emergências de outras unidades de saúde tiveram aumento de 30% com o fechamento do serviço para o público externo no HRSJ. Para compensar, Hess afirma que 30 profissionais que passaram em um concurso público realizado em 2007 se apresentaram para o trabalho e ainda faltam oito médicos para as emergências e mais seis médicos para as Unidades de Terapia Intensiva (UTI). “Organizamos um processo seletivo simplificado e também chamamos outros médicos da Secretaria de Saúde até resolvermos a situação”, explica.
Apesar da redução do atendimento emergencial, Hess justifica que o encaminhamento dos casos graves para uma única unidade de saúde, o HRSJ, aliviou outros hospitais. “O nível de gravidade maior exige mais preparo”, diz. Antes, na unidade de São José, do total de 10 mil pacientes, entre 300 e 400 eram realmente casos graves.

Fonte: Notícias do Dia - 25-07-2008


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