28-07-2008 - País tem apenas 31 centros de trombólise
No caso do Acidente Vascular Cerebral (AVC, mais conhecido como derrame) do tipo isquêmico (causado por oclusão de um vaso sangüíneo cerebral) já existe um tratamento que reverte o rocesso. Batizado de trombólise, o tratamento desobstrui o vaso e restaura a circulação. Só que há pouco tempo para ser colocado em prática. Do início do acidente até o início do tratamento a pessoa tem três horas. Para disseminar a técnica nos hospitais brasileiros e conter a epidemia, o Ministério da Saúde está lançando o projeto Rede Brasil AVC.
"A idéia é capacitar as equipes e estruturar os serviços e hospitais para oferecer a técnica, criando uma rede de hospitais especializados no tratamento do AVC, interligados pela rede Samu. Isso agiliza a chegada do paciente ao hospital correto. Além disso, precisamos divulgar os sinais e sintomas. Muita gente não consegue receber o tratamento simplesmente porque não sabe o que é o acidente e não o reconhece como uma urgência médica", explica a neurologista Sheila Martins, coordenadora nacional do projeto. Hoje, o Brasil tem 31 centros que oferecem a trombólise. Apenas 13 são hospitais públicos.
28-07-2008 - AVC no topo do ranking dos vilões
Estudo da OMS estima que se fatores de risco do AVC forem controlados, haverá redução de 80% nos casos da doença
O Brasil vive hoje uma epidemia de doenças cardiovasculares. No ranking das mortes em solo nacional, o principal culpado é o acidente vascular cerebral (AVC). Em 2005, foram 90 mil vítimas. Em segundo, são as doenças isquêmicas do coração, como o infarto, com quase 85 mil mortes. Mas o problema, apesar dos números alarmantes, passa despercebido por muita gente.
É como se um vírus desconhecido brotasse de repente pegando milhares de pessoas despreparadas. Na verdade, o problema é bem conhecido e tem prevenção. Só que os brasileiros insistem em deixar os cuidados com o coração em segundo plano.
A cultura de dar pouca importância à saúde do coração e do cérebro tem ligação direta com o modo de vida das pessoas. De acordo com o neurologista Maurício Friedrich, em todo o mundo 5,5 milhões de pessoas morrem todos os anos vítimas de AVC. Quase 90% desse montante ficam em países do terceiro mundo. "Isso mostra que o acesso a um sistema de saúde público eficiente e informações sobre a doença são eficazes", defende o neurologista.
Friedrich cita o projeto Euroaction, com o qual colabora, que mostra que há um grande descompasso entre o conhecimento dos médicos sobre a prevenção do AVC e a implementação de práticas para evitar a epidemia. Essas ações deveriam vir de políticas públicas, mas também podem ser aplicadas por médicos e pacientes. Basta controlar os fatores de risco, que mesmo invisíveis para muita gente são as principais causas de mortes por AVC. É o caso da hipertensão, obesidade, diabetes, sedentarismo e fumo. "Um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, se forem controlados esses fatores, os casos de AVC vão reduzir em 80%", salienta.
Esses fatores surgem aos poucos e apresentam raros sintomas. O sedentarismo e o fumo trazem prejuízos a longo prazo. Isso desestimula as pessoas a se tratarem, aumentando o risco de terem doenças cardiovasculares. "Metade dos AVCs e dos infartos do miocárdio resulta em morte. Muitos dos que sobrevivem ficam com seqüelas sérias", lembra o cardiologista Aloyzio Achutti.
Achutti concorda com Friedrich sobre a necessidade de disseminar informações. Para ele, quanto mais as pessoas conhecerem os sintomas, conseqüências e prevenção, mais terão vontade de cuidar do coração. "Cerca de 50% das mortes causadas por doenças cardiovasculares são resultado direto da pobreza. Entre os motivos, está a falta de informação. A cultura de só se preocupar com a dor imediata", acredita.
Para evitar que o coração fique doente, a orientação dos médicos é a velha e conhecida fórmula: alimentação saudável, rica em verduras e legumes, evitar gordura, atividade física e visitas regulares aos médicos.
28-07-2008 - 25% dos brasileiros sofrem de hipertensão
Outra epidemia discreta ameaça a saúde de milhares de corações brasileiros. Silenciosa, a hipertensão se mostra muito pouco. Os sintomas, na maioria das vezes, não são sentidos. Quando surgem, são facilmente confundidos com um mal-estar passageiro. O resultado dessa sutileza é assustador.
Estima-se que, no Brasil, cerca de 25% da população seja hipertensa. Desse total, entre 60% e 70% não sabe que tem a doença. Para aumentar a preocupação dos especialistas, até quem sabe que é hipertenso negligencia a doença. Por quê? Porque, sem sintomas, a tendência é relaxar no tratamento. Uma pesquisa recente publicada na revista especializada "Annals of Internal Medicine" comprovou outro problema: os cuidados da hipertensão caem na medida em que os pacientes apresentam outras doenças, como asma, artrite ou depressão.
A falta de cuidado com a pressão alta repercute diretamente em outras doenças cardíacas. Principalmente infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC), as duas maiores causas de morte no País. "A hipertensão é o fator de risco mais comum que leva aos problemas cardíacos", alerta o cardiologista Guido Rosito.
A guinada no comportamento da população, no entanto, não é difícil. Para chegar ao diagnóstico de hipertensão e evitar até a morte, bastam algumas visitas ao médico. A medição é feita em poucos minutos. Se algo estiver errado, restabelecer a pressão aos padrões normais costuma ser fácil. Os remédios são acessíveis, e parte deles está sendo oferecida gratuitamente na rede pública de saúde, de acordo com Rosito.
Algumas mudanças no estilo de vida sempre fazem parte do tratamento. Restringir o consumo de sal e combater a obesidade são os primeiros passos. Depois de controlada a pressão, é importante ter a consciência de que ela pode voltar a subir a qualquer hora, mesmo sem apresentar sintomas. "Essa é a parte difícil do tratamento: conscientizar dos riscos que a hipertensão traz e da importância de se manter na linha", fala Rosito.
O cardiologista ainda lembra que há um mito sobre a doença que deve ser derrubado. Segundo ele, a hipertensão, apesar de ser mais freqüente em idosos, também é comum entre pessoas jovens, de até 40 anos. Traduzindo: colocar o esfigmomanômetro - aquele aparelho com uma bolsa inflável para medir a pressão - no braço deve ser prática comum, seja qual for a idade.
28-07-2008 - Exercícios durante a gravidez
Muitas mulheres sentem dúvidas quanto à prática da musculação durante a gravidez. O que pode e o que não pode, desde quando e até quando pode. A consultora esportiva Stella Krieger esclareceu algumas questões sobre o assunto. Desde que liberada pelo médico, a grávida pode, sim, praticar musculação, segundo a especialista. Mas alguns pontos devem ser observados com importância. Em primeiro lugar, é interessante que a gestante alie, à musculação, exercícios aeróbicos e também de alongamento. Assim, o plano se torna completo, trabalha o muscular e o cardiovascular. Além disso, o profissional escolhido deve ter conhecimentos para notar possíveis alterações na gestante como, por exemplo, o aumento da temperatura corporal que, conseqüentemente, aumenta a temperatura do feto. Isso se chama hipertermia. "Tudo deve ser feito com muita segurança, com muita atenção às diferenças metabólicas e cardiovasculares da grávida", orienta Stella.
28-07-2008 - Contra a gagueira
A incidência da gagueira no Brasil é hoje de 5% da população, segundo dados do Instituto Brasileiro de Fluência (IBF). A gagueira pode ser causada por herança genética (55% dos casos) ou por lesão cerebral (45% dos casos). Com a pretensão de minimizar os sintomas da gagueira, o Grupo Microsom trouxe para o Brasil, o aparelho portátil SpeechEasy que, de acordo com a empresa, reduz o problema em até 80%. "Cantar, ler de forma ritmada, sussurrar e falar em coro são verdadeiros remédios e é desta forma, em efeito coro, que o aparelho funciona", explica a fonoaudióloga Bianca Jorge, umas das responsáveis pelos testes feitos com SpeechEasy no País. O pesquisador Joseph Kalinowski, do Departamento de Ciência da Comunicação e Distúrbios da East Carolina University, nos Estados Unidos, trabalhou 12 anos em pesquisas até chegar ao produto final. Mais informações: www.microsom.com.br ou (11) 2941-2433.
28-07-2008 - Gripe no mundo
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as epidemias anuais de gripe contaminam de 5% a 15% da população mundial e são responsáveis por cerca de 250 mil a 500 mil mortes por ano.
28-07-2008 - Couro cabeludo saudável
Faz parte de uma saúde plena ter o couro cabeludo saudável. "Cabelos excessivamente oleosos, finos, secos ou com caspa são problemas capilares que resultam de uma dieta desregrada ou pobre em nutrientes, além da hereditariedade ou de uma rotina muito estressante", diz a aromaterapeuta Samia Maluf. Excesso de química ou uso constante de secador de cabelos também causam problemas. A maioria dos problemas de couro cabeludo ou capilar pode ser revertida rapidamente se for feita uma organização alimentar, com nutrientes ricos em minerais, ômega 3, aliada ao uso de produtos adequados.
28-07-2008 - Semana da Saúde Masculina
A regional de Santa Catarina da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM-SC) promove, de 28 a 31 de julho, a Semana da Saúde Masculina. A ação ocorre simultaneamente em dez cidades: Florianópolis, Joinville, Lages, Itajaí, Criciúma, Chapecó, Blumenau, Araranguá, São Miguel do Oeste e Balneário Camboriú. Médicos endocrinologistas irão fazer a divulgação por meio de fôlderes e aplicando questionários aos participantes. A programação inclui palestras sobre andropausa.
Mais informações: www.sbemsc.org.br
Fonte: AN - 28-07-200