12-08-2008 - Doação de vida, por Rogério Moritz *

O Hospital Celso Ramos comemora 61 transplantes de rins realizados. Parece pouco, mas demandou muita dedicação, estudo e trabalho. O transplante renal permite ao paciente recuperar a função e voltar a ter uma vida normal. Como estas pessoas necessitam de hemodiálise três vezes por semana para se manterem vivas, elas ficam presas às máquinas que filtram o sangue. É necessário até mudar de moradia para perto de um centro de hemodiálise por uma questão de sobrevivência. O transplante, por seu lado, é a libertação, a alegria de voltar a viver.
A consolidação do programa de transplante renal do Hospital Celso Ramos deve-se a um grupo abnegado de pessoas, que, apesar das dificuldades encontradas, não esmoreceu. Esse grupo de profissionais, trabalhando em silêncio durante tanto tempo, hoje pode comemorar o sucesso dos transplantes juntamente com os pacientes submetidos ao tratamento.
Um programa de transplante renal é uma estrutura muito complexa, porque necessita uma equipe multidisciplinar grande. Precisa de estrutura para seu funcionamento, e principalmente precisa do apoio e da credibilidade da sociedade. O governo do Estado precisou implantar a Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos para que Santa Catarina pudesse se organizar para captar, distribuir e transplantar os órgãos, conforme exigência do Sistema Nacional de Transplantes (SNT). A direção do hospital, por sua vez, criou as condições necessárias. A realização dos primeiros 61 transplantes é ao mesmo tempo motivo de orgulho e de desafio.

* Médico urologista

Fonte: SES - 12-08-2008


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