A defesa da saúde passa, necessariamente, pela busca de garantia das condições adequadas de trabalho dos médicos que atendem a população e que são a porta de entrada da assistência. Esse entendimento vai muito além das lutas da categoria, que vive hoje um momento de grandiosos desafios para manter a qualidade do atendimento e preservar as diretrizes da medicina ética e eficiente. Assim, cada vez que a classe médica busca o aprimoramento científico, faculdades qualificadas, verbas para equipar postos e hospitais, remuneração digna, política responsável, contratação regularizada e um lano de cargos e vencimentos justo, na verdade o faz em nome da sociedade, que é beneficiária direta das melhorias porventura conquistadas. Certamente, um cenário de tantas faces merece uma reflexão que envolva não apenas os profissionais do setor, mas os governantes, os formadores de opinião e a comunidade como um todo. Até porque, é nesse contexto que nasce um novo médico, que precisa ser capaz de atuar entre os avanços da tecnologia e o indispensável resgate da humanização da relação com o paciente.
Criada há 70 anos, a Associação Catarinense de Medicina (ACM) acompanha a história da atividade médica e a sua evolução, assim como seus embates e vitórias. A mais antiga entidade médica de nosso Estado está à frente de todas as ações que vislumbram a assistência à saúde da população em sua plenitude. Por isso, hoje, nas eleições que mobilizam médicos de todas as regiões catarinenses para a escolha da nova diretoria da ACM, é fundamental que a sociedade esteja informada sobre as lutas que envolvem a medicina e sobre a ação das representações da categoria. O médico é o grande parceiro da saúde catarinense.
* Presidente da ACM
Fonte: Diário Catarinense - 28-08-2008