02-09-2008 - Roraima: greve continua

Os médicos da rede pública estadual de saúde de Roraima completam, nesta quarta-feira, 03/09, uma semana de paralisação. A greve começou no dia 27 e é por tempo indeterminado. Segundo informações do Sindicato dos Médicos, 80% dos profissionais da saúde subordinados ao governo cruzaram os braços. Os 20% restante realizam os serviços essenciais determinados pela lei.
A categoria reivindica a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), reajuste salarial de 36,3% para os funcionários públicos e cooperados, melhores condições de trabalho e convocação dos médicos aprovados no último concurso público, entre outras.
Em declaração ao jornal Folha de Boa Vista, o presidente do Simed-RR, Luiz Evandro Sena, disse que a secretária de Saúde, Eugênia Glaucy, se reuniu com representantes do sindicato para apresentar uma pré-proposta, que não agradou a categoria. Entre o que foi proposto, está a criação do PCCS em, no máximo 30 dias, após o término da greve, aumento de 10% no ano que vem, inserção gradativa de médicos aprovados no último concurso, porém, sem definir quais especialidades médicas seriam contempladas.
Sena explicou que não houve acordo, pois a pré-proposta não tinha passado por análise do governador Anchieta Júnior (PSDB), que estava em Brasília acompanhando o julgamento da legalidade da demarcação da reserva indígena Raposa Serra do Sol.
“O sindicato só suspenderá a greve se houver uma proposta vista e recebida pela classe de forma aceitável e depois de termos essa negociação reconhecida pelas autoridades competentes”, explicou.

Apoio
O 2º vice-presidente da Fenam, Eduardo Santana, disse que a Federação apóia totalmente o movimento dos médicos da rede pública estadual de Roraima. Ele lamentou o fato de a secretária de Saúde ter declarado, na semana passada, não reconhecer o sindicato como representante dos médicos.
"Gostaria de reafirmar que o sindicato é e sempre será a entidade médica que representa os profissionais de medicina, sim, conforme prevê a Constituição Federal e a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Lamentamos o desconhecimento da secretária quanto às normas de regulamentação do país. Tenho certeza de que esse não é pensamento do Governo do Estado e esperamos que ela tome atitudes mais democráticas, condizentes com o estado de direito há muito conquistado pelo povo brasileiro", ressaltou Eduardo Santana.

Fonte: Imprensa Fenam, com informações da Folha de Boa Vista - 02-09-2008


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