03-09-2008 - Médicos do CE e AL negociam melhores condições de trabalho com governo

Reunidos em assembléia nesta segunda-feira, 1º de setembro, os médicos da rede pública do Ceará decidiram entrar em estado de greve. Atualmente o salário base da categoria é de R$ 640,00 por 20 horas semanais e os profissionais propõem salário base de R$ 2.490,00 (20 horas).
"Hoje em dia, o salário dos médicos chega a R$ 1.200,00, com as gratificações. Com esta proposta que apresentamos, pretendemos alcançar pelo menos R$ 3.300,00", explicou Florentino Cardoso Filho, vice-presidente Norte-Nordeste da AMB.
Nesta rodada de negociações, os médicos propuseram que os valores sejam escalonados em 30% neste ano, 40% até agosto de 2009 e 50% até julho de 2010. "Se tudo continuar do jeito que está, podemos nos encaminhar para a mesma situação que vive Pernambuco hoje", disse Florentino.
Os médicos se reunirão novamente com o governador do Ceará e com o secretário de Planejamento na próxima para terça-feira, dia 9. Para o dia seguinte está marcada nova assembléia geral da categoria.

Alagoas
Em relação ao Estado de Alagoas, as cirurgias eletivas feitas pelo SUS continuam paralisadas desde o dia 1º de julho. Os médicos da rede pública ainda negociam com as Secretarias de Saúde e permanecem mobilizados por um aumento equivalente aos valores estipulados pela Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM).
"O governo continua propondo uma saída parcial, e os médicos pedem que os reajustes incidam sobre todas as especialidades", disse Cleber Costa de Oliveira, diretor de Assistência e Previdência da AMB.
Está agendada para a próxima segunda-feira, 8 de setembro, nova assembléia.

Pernambuco
Segundo Florentino Cardoso, que participou da assembléia realizada no Sindicato dos Médicos de Pernambuco nesta terça-feira, 2 de setembro, o governo ofereceu para as gratificações reajuste de 24% aos plantonistas e de 21% aos diaristas. A proposta foi rejeitada pelos cerca de 500 médicos presentes.
Amanhã, quinta-feira, haverá nova assembléia e, caso não haja acordo, os médicos pedirão demissão em massa a partir da sexta-feira.
 
Fonte: AMB - 03-09-2008


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