Quem chega a boa parte dos centros de saúde do Estado em busca da vacina dupla contra difteria e tétano do tipo adulto (dT) retorna para casa sem ser imunizado.
A gerente de Imunização da Secretaria de Estado da Saúde, Leonor Nascimento, diz que o Ministério da Saúde atrasou a entrega do produto, além de estar encaminhando em lotes menores, o que ocasiona a falta do abastecimento.
— Segundo as justificativas que a secretaria recebeu, o fornecimento da antitetânica deve ser normalizado no final do mês de outubro — explica Leonor.
Uma jovem de 24 anos que está grávida de cinco meses, com a orientação médica em mãos, procurou a unidade de saúde do Bairro Campeche, no Sul da Ilha, em Florianópolis, para receber as três doses da vacina. Mas, quando retornou para tomar a segunda dose, a notícia era que a disponibilidade seria regularizada apenas no final do próximo mês.
A Assessora de Vigilância e Saúde da Capital, Ana Cristina Vidor, tranqüiliza quem foi em busca nos centros de saúde.
— Se a pessoa estiver com a vacinação básica completa, as doses de reforço devem ser de 10 em 10 anos. Então, o atraso de um ou dois meses não trará problemas.
Segundo ela, apesar de fundamental, a vacina não é de caráter emergencial.
A procura pela vacina varia por épocas, locais e quantidade de pessoas. No posto de saúde do Campeche, na Capital, aplica-se de 100 a 120 vacinas por mês. A orientação passada aos pacientes é que realmente deve-se aguardar o produto não está sendo repassado. Nas clínicas particulares da Grande Florianópolis, a dificuldade em comprar a vacina existe, mas em menor gravidade.
Fonte: Diário Catarinense - 19-09-2008