Nesta semana, nove técnicos da Organização Mundial da Saúde (OMS) irão avaliar as regras usadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na concessão de registro de vacinas. Essa avaliação, chamada pré-qualificação, possibilitará que a OMS compre vacinas brasileiras para abastecer países da América Latina, da África e outros que estejam enfrentando situações de emergência ou calamidade.
De acordo com o diretor presidente adjunto da Anvisa, Norberto Rech, além da Agência, o Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) também serão avaliados.
“Na verdade, essa é uma reavaliação. A primeira ocorreu em 2002 e qualificou vacinas produzidas pelos laboratórios Biomanguinhos e Instituto Butantã. É um processo cíclico. Por isso, agora, esperamos esse novo reconhecimento”, ressalta Rech.
O secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, Gerson Penna, acrescenta que a análise feita pela OMS estuda todas as fases de elaboração das vacinas feitas no país, desde a linha de produção até a aplicação do medicamento. “É importante ressaltar que o Brasil é o único produtor da vacina contra a febre amarela no mundo. Isso é uma prova que podemos exportar nossos produtos”, assegura.
A qualidade das vacinas brasileiras também é um ponto destacado pelo representante da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e da OMS, Diego Victoria. “É preciso reconhecer o papel da Anvisa na regulação desse mercado, garantindo a qualidade e segurança dos produtos. Devemos ressaltar a importância do papel da Agência na produção de vacinas, que serão distribuídas para a América do Sul, África e outros países que precisam”, acrescenta.
O resultado da inspeção de pré-qualificação será divulgado nessa sexta-feira (17).
Fonte: Ascom/Assessoria de Imprensa da Anvisa - 14-10-2008