23-10-2008- Greve dos servidores do Hemosc e Cepon preocupa parlamentares

A greve dos servidores públicos estaduais do Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (Hemosc) e do Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon), subordinados à Secretaria da Saúde, que começou na segunda-feira (20), voltou a ser abordado na tribuna da Assembléia durante a manhã de hoje (23). Preocupados com a situação, parlamentares oposicionistas continuam afirmando que os dois órgãos correm o risco de serem privatizados e reforçam a necessidade de uma negociação. Deputados governistas também se dizem preocupados e afirmam que o Executivo está aberto para conversar com a categoria.
Mobilizados, os trabalhadores se mostram contrários à atitude do Executivo em tentar privatizar os serviços e continuam esperando uma negociação que atenda aos interesses da categoria. De acordo com o deputado Sargento Amauri Soares (PDT), a luta pela defesa do serviço público vem de longos anos. Ele afirma que, dos 800 funcionários do Hemosc e do Cepon, 80% estão paralisados, os demais estão trabalhando por determinação do próprio comando de greve para não comprometer o tratamento dos que necessitam. “Recorro ao bom senso do governo. É preciso que se levem a sério todas as questões e se converse com os trabalhadores.” Soares deixou claro que se não houver um acordo, outras unidades de saúde poderão entrar em greve a qualquer momento, como o Hemosc de Joinville, que também decidiu pela paralisação. “A greve é pela defesa do servidor e do serviço público.“
Reforçando a posição de Soares, o deputado Dirceu Dresch (PT) mais uma vez falou do impasse que está atingindo muitas pessoas que precisam de atendimento. “Esperamos que o governo não deixe essa greve ir muito longe, pois, depois do processo de privatização consolidado, só será atendido quem tiver como pagar pelo serviço”, disse.
Em nome do Executivo, o deputado Herneus de Nadal (PMDB), líder do governo na Casa, ratificou a preocupação com as pessoas que fazem tratamento e estão sendo prejudicadas pela interrupção. “Tanto a Secretaria Estadual da Saúde quanto os gabinetes estão abertos a conversas e negociações com os servidores estaduais.”

Fonte: ALESC - 23-10-2008


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