05-11-2008 - Servidores do INSS e Ministério da Saúde fazem paralisação nesta quarta-feira

Os servidores do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e do Ministério da Saúde em Santa Catarina aderiram ao movimento nacional e realizam nesta quarta-feira uma paralisação de 24 horas.
Segundo o coordenador-geral do Sindicato dos Previdenciários de Santa Catarina, Valmir Braz de Souza, nas agências do INSS onde os funcionários aderiram à paralisação não estão sendo agendadas perícias médicas e não é feito o atendimento a pessoas que pretendem dar entrada em pedidos de benefícios e aposentadorias.
As perícias já agendadas são realizadas porque os médicos peritos não aderiram ao movimento, por manterem uma negociação paralela com o governo federal. Nas agências que não aderiram ao movimento, o funcionamento é normal. Segundo Valmir, ainda está sendo feito um levantamento das agências paralisadas no Estado.
Na Grande Florianópolis, a maioria dos funcionários das agências de Palhoça, São José, Biguaçu e Florianópolis, no Continente e no Centro, aderiu ao movimento.

Hospital
Já a greve dos funcionários do Ministério da Saúde compromete o atendimento na emergência do Hospital Florianópolis. De acordo com o sindicato, é feita uma triagem dos pacientes e apenas os que estão em estado grave são atendidos. Os casos menos graves são encaminhados para outros hospitais ou postos de saúde.
Além disso, no prédio do Ministério no Centro da cidade não estão sendo entregues os certificados de acordo internacional emitidos pelo órgão.
Segundo a direção do Hospital Florianópolis, o atendimento na emergência não será paralisado.

Servidores querem cumprimento de acordo
Segundo Valmir Braz de Souza, as categorias aderiram ao Dia Nacional de Paralisação, que serve como um alerta para o governo federal para a retomada das negociações.
No caso dos servidores do INSS, eles reclamam que o governo não está cumprindo o que foi acordado em relação ao plano de carreira e ao aumento salarial.
— Esses aumentos ficaram escalonados para 2008, 2009 e 2010, e a primeira parcela o governo cumpriu só em outubro. Ela é retroativa a junho, e o governo não pagou esse valor retroativo ainda, e diz que não sabe se vai pagar. E alega que não sabe se vai cumprir as negociações em 2009 por causa da crise internacional.
Além disso, ele reclama que a implantação do plano de carreira, definida através de medida provisória, ainda não começou a ser colocada em pratica.
O coordenador afirma que por enquanto não há expectativa de greve por parte da categoria.
No caso dos servidores do Ministério da Saúde, eles reclamam que as negociações terminaram em março e ficaram aquém do que a categoria precisava. A categoria também espera a reabertura das negociações.
Além disso, os funcionários não querem a terceirização de setores do Hospital Florianópolis, como o de alimentação, que, segundo eles, está prevista para ocorrer.
— O serviço de nutrição, que está com problema em outros hospitais em Santa Catarina, está para ser terceirizado. Estamos numa luta em defesa do hospital totalmente público — disse Valmir.

Ato público
Nesta quarta-feira os servidores do INSS, Ministério da Saúde e da Universidade Federal de Santa Catarina, que também paralisaram as atividades, realizam um ato do Movimento Unificado contra a Privatização no Hospital Florianópolis. Eles vão preparar e servir um almoço para comprovar a qualidade da comida dos pacientes.

Fonte: Diário Catarinense - 05-11-2008


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