06-11-2008 - Pacientes de menos nas policlínicas

Unidades, na Ilha, atendem até 8 mil pessoas aquém da capacidadeO grande número de poltronas disponíveis nos corredores de espera chega a causar um certo espanto para quem chega às três policlínicas inauguradas pela prefeitura de Florianópolis neste ano. Mas o cenário que contrasta com a imagem usual de hospitais lotados não é a única surpresa: o aproveitamento desses espaços está bem abaixo da capacidade.
Segundo dados da Secretaria de Saúde do município, as unidades das regiões Norte e Sul têm condições de realizar, cada uma, 3,2 mil consultas por mês. Desde que foi inaugurada, em abril, a policlínica do Norte registrou 14.424 atendimentos do tipo, quase 8 mil a menos que a expectativa inicial.
Na policlínica da região Sul, as pouco mais de 8 mil consultas entre junho e o começo deste mês representam uma diferença de 50% em relação à capacidade. O balanço comparativo só não pode ser feito, ainda, na Policlínica do Continente, em funcionamento há apenas 10 dias.
Os dados, à primeira vista, revelam uma relação na qual a oferta é maior que a procura, mas não significam o fim da principal dor de cabeça do sistema público de saúde: as filas.

Ortopedia e oftalmologia são as mais comprometidas
Especialidades como ortopedia e oftalmologia são as mais comprometidas pelo problema - 7 mil pessoas aguardam vaga para uma consulta com oftalmologista.
- A gente ainda depende, em parte, do Estado para dar conta - explicou a coordenadora de controle e avaliação da Secretaria, Karin Cristine Geller.
Uma das vantagens do sistema de marcação de consultas criado pelo Ministério da Saúde e utilizado em Florianópolis desde 2006, é a possibilidade de verificar o quadro dos agendamentos, procura e oferta de consultas. Ele permite detectar, por exemplo, o número de desistência.
- Um problema muito sério é o índice de falta nos atendimentos, em média, 32% ao mês - disse Karin.

Fonte: Diário Catarinense - 06-11-2008


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