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06-11-2008 - SC enfrenta dia com paralisações

Representantes dos servidores do Ministério da Saúde, do Instituto Nacional do Serviço Social (INSS) e da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) se reuniram em frente ao Hospital Florianópolis, no Bairro Estreito, na Capital, na manhã de ontem, para unir forças no dia de paralisação das categorias. Um almoço foi servido aos trabalhadores como símbolo da reivindicação contra as terceirizações que ocorrem no hospital.
A paralisação nacional dos servidores do INSS e do Ministério da Saúde estava programada para durar 24 horas. Os funcionários são contra as privatizações dos serviços públicos de saúde e pedem melhores condições de trabalho, manutenção da jornada de 30 horas, realização de concurso, elaboração de Plano de Carreira e a aprovação das emendas às Medidas Provisórias 431 e 441.
- No final de 2007, conseguimos nas mesas de negociação com o governo federal um aumento gradativo do salário, de 2008 até 2011. No entanto, o governo já avisou que não sabe se vai cumprir o acordo por causa da crise internacional - explicou o coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência do Serviço Público Federal no Estado de Santa Catarina (Sindprevs/SC), Valmir Braz de Souza.
Para os servidores do Ministério da Saúde, os valores das negociações ficaram aquém dos do INSS e, por isso, querem reabrir a discussão.

Protesto contra terceirizações
O local escolhido para a união das reivindicações foi o Hospital Florianópolis, onde protestaram contra a terceirização do setor de Nutrição da instituição.
- O serviço foi terceirizado nos Hospitais Celso Ramos e Regional, onde a alimentação ficou de má qualidade - contou a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Santa Catarina (Sindisaude), Edileuza Garcia Fortuna.
Um almoço preparado pelos servidores do hospital foi servido com o intuito de mostrar que o setor de Nutrição não precisa ser terceirizado.
O gerente técnico do hospital, Edson Wittkopt, informou que a situação desse setor ainda não está definida e que as discussões entre secretaria de Saúde e Hospital Florianópolis continuam.
De acordo com o Sindprevs/SC, participaram da paralisação agências da Previdência Social de Florianópolis, São José, Palhoça, Biguaçu, Balneário Camboriú, Blumenau, Brusque, Imbituba, Içara, Lages, Rio do Sul e São Miguel do Oeste, além dos funcionários do Ministério da Saúde de Chapecó e Curitibanos.
A Gerência Regional do INSS em Florianópolis informou que o a paralisação foi parcial e não afetou o atendimento.

Fonte: Diário Catarinense - 06-11-2008


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