Os servidores municipais da área de saúde de São José, na Grande Florianópolis, não trabalharam na tarde de ontem em protesto contra a falta de pagamento do salário do mês de outubro e das horas extras, atrasadas desde setembro.
De acordo com os manifestantes, apenas um dos 18 centros de saúde da cidade permaneceu aberto durante a tarde.
Dos 970 servidores da Secretaria de Saúde, cerca de 400 passaram a tarde em frente à prefeitura. Eles informaram que recebem, normalmente, no dia 31 do mês. Até ontem, porém, o dinheiro não havia entrado na conta. Os trabalhadores lotados em outros setores receberam normalmente.
Os servidores também protestaram contra a falta de medicamentos, material de limpeza e de expediente nos centros de saúde. Disseram que não há papel para receituário. Uma médica disse que leva papel higiênico de casa para limpar a barriga das grávidas depois de passar gel. Outra manifestante acrescentou que o lixo de seu local de trabalho foi recolhido ontem após ficar três semanas nos fundos do posto de saúde.
Contraponto
O que diz o secretário de Saúde
O secretário de Saúde de São José, Fernando Anselmo Pereira, disse que cerca de 40% dos funcionários da secretaria não receberam devido à uma falha no sistema, mas que todos seriam pagos até a meia-noite de ontem. Ele informou que as horas extras dos meses de setembro e de outubro serão pagas de forma parcelada até o final do ano. Sobre a falta de medicamentos, explicou que a licitação foi concluída e que a situação deve ser normalizada na semana que vem. Sobre a falta de recolhimento do lixo, declarou que o problema também já foi resolvido.
Fonte: Diário Catarinense - 07-11-2008