A secretária estadual da Saúde, Carmem Zanotto, retorna da viagem oficial do governador Luiz Henrique à Europa e à África (Marrocos), esta semana, convencida de que será necessária uma campanha de conscientização para diminuir a incidência de trotes dirigidos ao Serviço de Atendimento Médico de Urgência, o Samu. Da França, de onde vem o modelo implantado em Santa Catarina, a secretária trouxe a comparação: em média, tanto lá quanto no Estado, o tempo de resposta de atendimento, após o chamado, chega a 18 minutos - pode ir a 25 minutos, se depender do tamanho do município.
A diferença da experiência francesa está no número de trotes feitos ao telefone: zero, devido à importância que a população dá ao serviço. Em Santa Catarina, calcula Zanotto, este número alcança os 50% dos chamados, um caso, segundo a secretária, que beira uma "tragédia social".
- Enquanto há a chamada irregular, quem precisa realmente do serviço pode estar com a vida em risco - alerta Zanotto, enfermeira por formação.
Em outra frente, a secretária anuncia que a dualidade dos serviços entre Samu e Bombeiros militares (através do Atendimento de Serviço de Urgência - ASU) ganha uma otimização que servirá de exemplo para o Brasil e, mais uma vez, se aproximará do modelo francês. As unidades de salvamento vão trabalhar em conjunto nas chamadas Centrais de Regulação Integradas. A proposta inicia por Blumenau com a atividade em conjunto entre a PM, bombeiros militares e Samu.
Antes do final do ano, a integração chega a Florianópolis e Criciúma. Em 2009 será a vez de Balneário Camboriú, Joinville, Lages e Chapecó. Um passo pela melhoria da qualidade do serviço de urgência, que precisa do apoio da comunidade. (Roberto Azevedo)
Fonte: Roberto Azevedo - 17-11-2008