19-11-2008 - Criciúma: 373 vitórias prematuras em três anos

"Há três anos, quando soube que Criciúma ganharia uma UTI, não dei importância à notícia, pois não imaginava a proporção de benefícios que a obra traria. A gente só dá o devido valor às coisas quando depende delas. Se hoje estou com meu filho nos braços devo isso à implantação da UTI", diz Alessandra, enquanto se prepara para dar o alimento favorito de Vinícius, de seis meses, que nasceu prematuro: o leite materno.
Especialista em medicina intensiva, o pediatra que tratou Vinícius, Marcelo Leandro Gurgacz, informou que o caso do menino é um típico fruto do avanço da neonatologia. "Há duas décadas, as complicações do nascimento antecipado possivelmente não lhe permitiriam sobreviver. Hoje, Criciúma tem tecnologia capaz de levar sobrevida a casos mais delicados que o dele", diz. Gurgacz conta que, quando um paciente chega na UTI Neonatal e Pediátrica, aparelhos, medicamentos e profissionais se unem na busca pela vida. "Trabalhamos incansavelmente e torcemos para que a sua estada aqui seja breve", ressalta.

Há três anos pulsando a vida

Há três anos, a Prefeitura de Criciúma implantou a primeira Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) Neonatal e Pediátrica no Extremo Sul catarinense que, pela excelência no trabalho prestado, vem se destacando dia após dia. De acordo com a diretora administrativa e financeira do Hospital Santa Catarina, Roseane Corrêa, a UTI conta com 13 leitos. "Destes, sete para atendimento de recém-nascidos, três de unidade semi-intensiva e três com finalidade pediátrica, destinados a crianças até 12 anos", diz.
A UTI foi inaugurada em 16 de novembro de 2005. Segundo Roseane, desde que abriu as portas, no dia 17, assistiu 434 pacientes. "A maioria bebês prematuros", observa. Existem, ainda, alguns casos de atendimento a crianças vítimas de queimaduras ou lesões profundas. Nos três anos de funcionamento, cuidados pós-cirúrgicos foram também ali tratados.

Fonte: Jornal o Popular - 19-11-2008


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