20-11-2008 - Negociação salarial está emperrada

Bombeiros e policiais militares deram ultimato ao governoOs policiais militares e os bombeiros não devem entrar em greve até a próxima quarta-feira. Mas as categorias deram um ultimato ao governo do Estado durante encontro realizado ontem de manhã na Secretaria de Segurança Pública. Caso uma proposta de reajuste salarial não seja apresentada na reunião da próxima quarta-feira eles prometem parar.
Caso semelhante acontece na área da saúde. Os médicos deixaram bem claro ao governo do Estado se os acertos pendentes na aplicação da Gratificação de Desempenho e Produtividade Médica (GDPM) e o devido reajuste salarial relativo aos anos de 2007 e 2008 na forem acertados a categoria vai paralisar o atendimento na rede pública estadual no próximo dia 26 de novembro.
No lado de fora do prédio, cerca de 70 policiais militares e bombeiros seguravam faixas de protesto e distribuíam panfletos. As mulheres também se mobilizaram em frente à sede da Polícia Federal, ao lado do Casa DAgronômica. Com nariz de palhaço, apitos e batuque em panelas gritavam palavras de ordem. Uma comissão ia tentar conversar com a primeira-dama, Ivete Appel da Silveira, para entregar um documento com as reivindicações da categoria.
Os policiais militares e bombeiros pedem o cumprimento da Lei 254, aprovada em 2003, que estipulou reajuste de 93,18%. No entanto, de acordo com as categorias, somente parte do valor combinado foi desembolsado pelo governo.
O presidente interino da Associação dos Praças de Santa Catarina (Aprasc), sargento Amauri Soares, disse que se o aumento salarial fosse cumprido, os integrantes da corporação receberiam entre R$ 500 e R$ 700 a mais no contracheque, dependendo do tempo de serviço.

Secretário diz que governo pretende conceder reajuste
O secretário de Segurança Pública, Ronaldo Benedet, afirmou que o governo pretende conceder um reajuste para bombeiros e policiais militares, que seriam os servidores públicos da vez. No entanto, ele disse que não sabe quanto pode oferecer nem quando o aumento passaria a vigorar. O índice e o prazo dependeriam de cálculos que serão apresentado na reunião da próxima quarta-feira.
Benedet declarou que não trabalha com ameaça de greve, mas disse que se as categorias cruzarem os braços nada muda nas negociações. O secretário afirmou que trabalha para encaminhar uma solução antes que as partes assumam posições extremas e fiquem impedidas de fazer concessões. O sargento Amauri Soares disse que cada semana sem proposta de reajuste aumenta a predisposição das categorias em fazer greve.
As mulheres deles estão dispostas a ajudar na mobilização. Ontem à tarde, elas estiveram na Assembléia Legislativa pedindo apoio aos deputados estaduais. Manifestantes de 13 cidades catarinenses estiveram no local protestando.
Moradora de Santo Amaro da Imperatriz, Viviane Pawlick, disse que esta é só uma parcela das mulheres e, se as categorias entrarem em greve, os protestos vão aumentar.

Fonte: Diário Catarinense, com formataçào do texto do SIMESC - 20-11-2008


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