A classe médica brasileira vai começar o ano mobilizada pela conquista de melhores condições de trabalho e de atendimento à população. O primeiro passo será dado, amanhã (9) em reunião extraordinária em Salvador – Bahia, onde cerca de 60 representantes de entidades representativas da categoria pretendem dar seguimento ao processo de luta em torno de reivindicações consideradas fundamentais pelo grupo. A principal delas trata da necessidade de aprovação de uma nova lei que defina o piso nacional do salário do médico em R$ 7.503,18.
O coordenador da Comissão Pró-SUS, o conselheiro Geraldo Guedes, esclarece que a atual legislação de 1961 estabelece três salários mínimos, mas os valores não foram atualizados de acordo com a inflação. “O trabalho do médico é essencial para o bom funcionamento da atenção a saúde do povo brasileiro, e portanto deve ser respeitado enquanto profissional imprescindível no sistema e que tenha condições dignas de trabalho”.
Os médicos querem também melhorar a remuneração paga pelo SUS, Sistema Único de Saúde, por procedimentos feitos em hospitais conveniados e parceiros. E colocar em prática a chamada Classificação Brasileira de Procedimentos Médicos.
“Uma consulta médica com pediatra a clinico não chega a 3 reais, com especialista 10 reais, e assim uma série de outros procedimentos médicos que são pessimamente remunerados pelo sistema público”, ressalta o coordenador.
* Com informações da RádioCFM
Fonte: FENAM - 08-01-2009