20-01-2009 - Livro conta história de estudantes de Medicina na ditadura militar

O cotidiano de estudantes de Medicina durante a época de maior repressão da ditadura militar é o tema central do livro do médico Luis Alberto Marinho, que será lançado no próximo dia 28,´`as 19h30min, no auditório do Sindicato dos Médicos de Campinas. O que se passou entre 1971 e 1976 com um grupo de jovens da Universidade de Medicina de Pernambuco e como era a vida dentro da faculdade, sem liberdade de expressão e com órgãos de segurança monitorando cada passo dos estudantes, são relatados no livro de forma vibrante e apaixonada.
Testemunha ocular de um período com ausência de democracia, o autor passa para as páginas de seu livro a angústia da vida acadêmica sem liberdade de expressão e as delícias de uma juventude cheia de sonhos e ideais.
Em "Memórias de um Estudante de Medicina", Marinho conta os anseios, as dificuldades, as vitórias e os primeiros plantões desses jovens que entraram para a faculdade ainda adolescentes e saíram com a responsabilidade de cuidar de outras vidas. Amor, suspense e episódios hilariantes são os ingredientes desse romance que fala de forma clara e pitoresca sobre a vida acadêmica numa faculdade de medicina.
O autor diz que a idéia de escrever o livro tomou corpo após as comemorações do 30° aniversário de formatura da turma de 1976 da tradicional Faculdade de Medicina de Pernambuco. "Pesquisei trabalhos de vários autores nacionais e não encontrei ninguém que tivesse relatado os anos cursados na escola médica", lembra Marinho. Durante o retorno da festa, no avião, escreveu o primeiro capítulo do livro.

Sobre o autor
Luis Alberto Barcellos Marinho nasceu no Rio de Janeiro em 1951, onde morou até 1970. Mudou-se para Recife devido a uma transferência do pai, na época funcionário do Banco Central do Brasil. Terminou o curso secundário na capital pernambucana, sempre em escolas públicas. Prestou vestibular e foi aprovado em duas escolas médicas, optou pela Universidade Federal de Pernambuco. Cursou a faculdade na época em que o país vivia sob a égide do Ato Institucional n° 5. Presenciou na faculdade vários episódios de truculência e prisão de colegas. Já casado e pai de uma filha, mudou-se para Campinas após terminar o curso de Medicina. Fez residência em ginecologia e obstetrícia e estudou mastologia. Em 1977 realizou o sonho de fazer mestrado na Unicamp onde em 2001 concluiu também o doutorado, com teses voltadas ao câncer de mama e ações preventivas. Atualmente, é especialista em mastologia, diretor do Sindicato dos Médicos de Campinas e escreve contos e poesias.

Fonte: Imprensa/Sindimed Campinas - 20-01-2009


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