Um documento que aponta a crise mundial como o principal fator da crise estrutural do sistema capitalista que ameaça as conquistas dos trabalhadores e o livre acesso ao direito aos serviços universais de saúde. Essa foi uma das principais deliberações do Fórum Social Mundial de Saúde (FSMS), evento realizado de 25 a 27 de janeiro, em Belém (PA), onde também acontece o Fórum Social Mundial. Mais de 1600 pessoas, de várias partes do Brasil e do mundo, compareceram ao evento, que abordou, em sete mesas temáticas, as principais questões relacionadas à saúde e aos trabalhadores do setor.
Para um dos representantes da Federação Nacional dos Médicos (FENAM) no Fórum da Saúde, Waldir Cardoso, a crise econômica é também uma oportunidade para implementar e apontar a necessidade de novas políticas públicas. "Esta é uma oportunidade para que o Movimento Social da Saúde afirme a necessidade da implantação de sistemas universais de saúde e de seguridade social", apontou o dirigente.
Durante o Fórum, foi aprovada a proposta para que o Sistema Único de Saúde (SUS) seja um patrimônio imaterial da humanidade. O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, que participa do evento, manifestou seu apoio e aceitou a proposta. Também foi decidido que nenhum retrocesso na gestão de saúde pública será aceito.
O Fórum Social Mundial da Saúde agendou ainda dois eventos a serem realizados este ano. Um deles acontece no dia sete de abril, data oficialmente reconhecida como o Dia Mundial da Saúde. A ideia é mobilizar o mundo em um evento de luta pelo Sistema Universal de Saúde. O outro, é a Conferência Mundial de Serviços Universais de Seguridade Social, programado para acontecer em novembro de 2009, em Brasília.
Fonte: Taciana Giesel, com edição de Denise Teixeira - 28-01-2009