29-01-2009 - Brasil lidera em mortes por sepse

O último relatório do Instituto Latino-Americano de Sepse (Ilas), que avalia a capacidade dos médicos de reconhecer a doença, revela dados preocupantes sobre o diagnóstico e tratamento do quadro, conhecido como infecção generalizada.
Responsável pela morte de um quarto dos pacientes em leitos de UTIs no Brasil – incluindo a da modelo Mariana Bridi, no último sábado –, a enfermidade é diagnosticada corretamente por apenas 27% dos médicos brasileiros, informa o estudo, realizado nos 21 maiores hospitais do país. O relatório aponta, ainda, que o Brasil, ao lado da Malásia, é o país que lidera o ranking de mortes pela doença, com 250 mil óbitos por ano. A pesquisa foi realizada em 2005, em 37 países.
A taxa de diagnósticos equivocados é ainda maior nos hospitais da rede pública, que registram uma porcentagem de mortes de 52% entre os acometidos pela doença, 12 pontos percentuais a mais do que na rede privada. O doente com sepse tratado no sistema público também demora mais a ser atendido no pronto atendimento: 24 horas contra seis de espera na rede particular.
Apesar da falta de preparo dos médicos, o tratamento não tem grandes mistérios, segundo o relatório. O segredo é reconhecer previamente se uma infecção pode evoluir para um quadro de sepse.
O último caso a ganhar repercussão foi o da nutricionista de 23 anos que teve os dedos dos pés e as pontas dos dedos das mãos amputados em Belo Horizonte (MG), após uma infecção, que teve origem em uma pneumonia. Aline Winkler Borges está internada no Hospital Felício Rocho, na capital mineira, desde o dia 30 de dezembro.
De acordo com o boletim divulgado ontem pelo hospital, Aline está internada “devido ao quadro de pneumonia”. Ainda de acordo com o hospital, o quadro é estável, mas não há previsão de alta.

Fonte: DC - 29-01-2009


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