02-02-2009 - SEPSE: Uma reação devastadora e rara

A história da modelo capixaba Mariana Bridi, 20 anos, seria suficiente para chamar a atenção do mundo apenas pela brutalidade. Mariana teve os pés e as mãos amputados e acabou morrendo há 10 dias.
Mas, além disso, o susto que tomou conta da sociedade surgiu quando os médicos divulgaram a origem do problema: uma simples infecção urinária. Por causa dessa infecção, a bactéria Pseudomonas aeruginosa, que pode ser encontrada no organismo humano, começou a atacar a jovem.
Quando a infecção urinária não é tratada em menos de 48 horas, a bactéria pode cair na corrente sanguínea e se espalhar pelo corpo. Reagindo, o sistema imunológico lança toxinas potentes que, de tão fortes, também agridem órgãos vitais, como o coração e o pulmão, podendo provocar a morte. Esse fenômeno é chamado de sepse.
O infectologista Gabriel Narvaez e o nefrologista David Saitovitch ressaltam que a tragédia envolvendo Mariana é uma exceção, um caso extremo, raro, e que não há motivos para pânico.
Segundo eles, a Pseudomonas aeruginosa é comum em infecções hospitalares, principalmente em pacientes que utilizaram antibióticos previamente.
Mesmo na comunidade em geral, ou seja, fora dos hospitais, ela pode estar presente no intestino ou na pele (zonas úmidas) de cerca de 10% das pessoas, sem originar qualquer manifestação de doença.
De acordo com a Associação de Medicina Intensiva Brasileira, o agravamento da sepse, como no caso da modelo, ocorre apenas em 2% a 5% dos casos.

Fonte: DC - 02-02-2009


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