A oferta de cirurgia de diminuição do tamanho do estômago para perda de peso nos hospitais vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS) aumentou 542% desde 2001, quando o procedimento passou a ser realizado pela rede pública, segundo o Ministério da Saúde.
Somente em 2008, no Brasil, foram realizados 3.195 cirurgias bariátricas, a um custo de R$ 15,736 milhões para o SUS. Em 2001 foram gastos R$ 1,237 milhão para 497 procedimentos. O investimento cresceu 1.765%. Também aumentou a quantidade de estabelecimentos habilitados para fazer a operação, passando de 18 em 2001, para 58 unidades pelo Brasil neste ano.
Santa Catarina aparece como terceiro Estado que realizou o maior número de cirurgias, com 344. O líder é São Paulo, com 1.068 procedimentos, seguido do Paraná, com 954.
O maior número de procedimentos é realizado em mulheres. Em 2008 foram 2.639 cirurgias entre elas e 556 entre homens. Estima-se que o Brasil tenha 3,73 milhões de obesos mórbidos, conforme dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica.
Muitos deles já são atendidos pelo SUS em programas de emagrecimento, formados por equipe multidisciplinar, com participação de nutricionistas que prescrevem as dietas.
Paciente precisa passar por avaliação clínica e cirúrgica
A indicação de atividades físicas é recomendada para a prevenção da obesidade. Antes de fazer a cirurgia, o paciente deve passar por uma avaliação clínica e cirúrgica, e ter um acompanhamento com equipe multidisciplinar durante dois anos.
Nesse período, é submetido a uma dieta e, se os resultados não forem positivos, a cirurgia é indicada.
A cirurgia bariátrica é recomendada quando o índice de massa corporal (IMC), que é a razão entre o peso e o quadrado da altura, é maior do que 40kg/m2 em indivíduos com idade superior a 18 anos, independente do sexo.
Também pode ser feita se o IMC estiver entre 35kg/m2 e 40 kg/m2 e o paciente tiver diabetes, hipertensão, apneia do sono ou hérnia de disco.
Fonte: DC - 11-03-2009