Santa Catarina é um dos lugares do Brasil onde ainda não ocorreram casos de dengue contraída de forma autóctone, transmitidos por moradores do próprio estado. Os 50 casos registrados em 2008 e os 10 já detectados este ano, segundo a Vigilância Sanitária, foram classificados como “importados”, ou seja, adquiridos em viagens de catarinenses para outros pontos do país.
Isso não isenta as autoridades sanitárias de cuidados para reforçar o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, mas confere ao estado uma condição privilegiada, pois é sabido que a dengue tende a se espalhar rapidamente e cada nova onda da doença vem com uma força devastadora maior que a anterior.
Diante desse quadro ainda favorável, é justo reconhecer o empenho e os resultados alcançados pelas equipes da Secretaria de Estado da Saúde e das secretarias municipais, que, atuando de forma inteligente, vêm minando os focos do mosquito que ameaçam surgir em diferentes cidades catarinenses.
Enquanto isso, no Rio de Janeiro foram registradas 50 mortes em decorrência da doença ao longo do ano passado. Por aqui, hpa casos em investigação, mas a situação é substancialmente mais animadora do que em lugares onde os mecanismos de controle da disseminação não vêm obtendo os efeitos desejados.
As armadilhas colocadas no terminal rodoviário Rita Maria, em Florianópolis, por exemplo, podem parecer um recurso rudimentar, mas vêm demonstrando uma eficiência impressionante, pela detecção freqüente de larvas do mosquito transmissor. Se as verbas prometidas pelo Ministério da Saúde vierem e a população fizer a sua parte, a tendência é que o controle da dengue se torne ainda mais eficaz.
Fonte: Notícias do Dia - 13-03-2009