17-03-2009 - Resistências

E por falar em resistências, outra bastante incomum surge entre os servidores, reflexo dos tempos modernos e de falta de segurança. No ano passado, o governo decidiu implantar um programa de prevenção a doenças para os servidores e seus dependentes, só que alguns não estão aceitando o serviço porque acham que se trata de um novo golpe.
Explico: o serviço de monitoramento de doenças prevê acompanhamento via telefone e também em visitas domiciliares. A empresa que venceu a licitação, a Top Med, de São José, liga para pegar as primeiras informações e agendar as visitas. Em seguida, uma equipe com médico, nutricionista, psicólogo e enfermeiro visita a casa ou o local de trabalho do servidor para as orientações.
Por desconfiança, receio ou desconhecimento do programa, servidores não estão atendendo a porta ou recusam-se a dar as informações ao telefone. E não são casos isolados. Dois deles foram parar na delegacia, em boletins de ocorrência, pensando tratar-se de mais um tipo de ação lesiva.
A postura de alguns servidores impede que a equipe técnica e médica consiga levar o programa a contento. A Secretaria da Administração mandou e-mails e fez até comunicado em jornais para alertar sobre o programa.
O governo gasta R$ 1 milhão por mês para prevenir doenças, reduzir licenças médicas e dar qualidade de vida aos 180 mil servidores e seus dependentes. É muito dinheiro para esbarrar em uma questão de comunicação.

Fonte: Blog do Jornalista Moacir Pereira - 17-03-2009


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