Representantes da Federação Nacional dos Médicos, Conselho Federal de Medicina, Associação Médica Brasileira e outras entidades da área médica debatem, em Brasília, nesta quinta e sexta-feira, 25 e 26/0, a reformulação do Código de Ética Médica, durante a III Conferência Nacional de Ética Médica. O evento, promovido pelo CFM, foi aberto na manhã desta quarta-feira, 25, na sede da entidade, pelo presidente do conselho, Edson Oliveira Andrade.
O presidente da FENAM, Paulo de Argollo Mendes, e o vice-presidente, Eduardo Santana, foram os palestrantes da primeira parte da conferência. Argollo falou sobre "Direitos do médico e proteção ao seu trabalho", e Eduardo Santana foi o responsável pelo painel "Proteção do trabalho médico".
Abertura
Ao abrir a III Conferência Nacional de Ética Médica, o presidente do CFM, Edson Andrade, agradeceu a colaboração de médicos e representantes da sociedade civil organizada, que encaminharam 2.667 propostas para o CEM. "O documento representa o sentimento dos médicos e da sociedade. O Código de Ética é a expressão da vontade dos médicos. Um discurso para o todo. Vamos construir algo bom para a Medicina, bom para o médico e bom para o país", salientou Andrade.
O coordenador da Comissão Nacional de Revisão do Código de Ética Médica e vice-presidente do CFM, Roberto d’Ávila, que também estava na mesa de abertura, explicou como foi o trabalho da comissão nos últimos meses. D´Ávila disse que a Comissão Nacional, composta por cerca de 15 membros, reuniu as 2,6 mil propostas recebidas e fez uma pré-seleção. "Muitas eram repetidas. Agora, vamos trabalhar em torno de 300 propostas", esclareceu. Ele acrescentou que o trabalho é coletivo e que os colaboradores serão anônimos, mas ficarão com a consciência tranquila por terem ajudado na construção de um Código expressivo.
Trabalho
No período da tarde, os participantes estão divididos em nove grupos para trabalhar nas propostas encaminhadas. O tema de trabalho é "Direitos dos médicos e proteção ao seu trabalho". O objetivo é selecionar um material prévio para ser encaminhados aos conselhos, associações e sindicatos para uma discussão final e aprovação.
Cerca de 250 pessoas participam da Conferência, entre dirigentes dos Conselhos Regionais de Medicina, das Comissões Estaduais de Revisão do Código, da Associação Médica Brasileira (AMB) e suas federadas, e sindicatos médicos, Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR) e Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM), além da FENAM.
Uma última conferência, prevista para agosto, deve reunir de 400 a 500 pessoas para aprovar o anteprojeto do novo Código. O texto ainda será encaminhado aos conselhos e associações médicas para ser analisado rigorosamente antes da aprovação final.
Fonte: FENAM - 23-03-2009