06-05-2009 - SC tem o segundo caso suspeito

Santa Catarina tem seu segundo caso suspeito de gripe A, ex-gripe suína, em apenas 48 horas. A Secretaria de Estado da Saúde confirmou ontem que um homem de 30 anos, morador da Capital, apresentou os sintomas da doença no final de semana e foi internado em isolamento no Hospital Nereu Ramos ainda na segunda-feira. Ele chegou ao país no dia 28 de abril, depois de percorrer vários países europeus.
O primeiro caso suspeito também foi na Capital. A menina de sete anos, que voltou recentemente dos Estados Unidos, está internada no Hospital Infantil Joana de Gusmão. Secreções nasais da criança e do homem foram coletadas e enviadas para o Instituto Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. O resultado dos exames deve sair até o fim da semana.
Na segunda-feira, o Ministério da Saúde anunciou o pedido de liberação de R$ 141 milhões para programas de prevenção à doença. A verba deve ser investida em publicidade e instalação de “salas de situação” nos portos brasileiros, onde pessoas com suspeita de contaminação seriam recebidas. O diretor de Vigilância Epidemiológica do Estado, Luis Antonio Silva, porém, ainda não recebeu informações sobre essas salas e sobre como será a liberação do dinheiro.
O Brasil continua sem doentes confirmados, mas também teve aumento de 25, na segunda-feira, para 28 casos suspeitos, ontem. Segundo o Ministério da Saúde, outros 28 casos estão em monitoramento em 20 estados e 73 foram descartados.
Segundo o balanço divulgado ontem pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a quantidade de doentes no mundo chegava a 1.490 em 21 países ontem. Do total, 31 acabaram em morte – 29 no México e dois nos Estados Unidos.

México tenta recuperar economia
Segundo o diretor-geral adjunto da OMS, Keiji Fukuda, a maioria dos doentes é relativamente jovem, e a idade média dos infectados não chega a 30 anos. A razão, segundo ele, está sendo investigada pela OMS, mas adiantou que pode ser “simplesmente porque jovens viajam mais”.
Além da preocupação com a crescente estatística de doentes, o México procura uma forma de levantar sua economia, duramente prejudicada pela doença. Para isso, o governo anunciou ontem um plano para apoiar os setores afetados no valor de 27,4 bilhões de pesos (US$ 2,08 bilhões).
Segundo o ministro de Finanças, Agustin Carstens, as medidas incluem 20% de desconto nas contribuições das companhias para a seguridade social em maio e junho, deduções de impostos e crédito para os bancos de desenvolvimento.
As indústria do turismo, entretenimento e restaurantes, as mais afetadas, terão atenção especial do governo, que se ofereceu para pagar 25% da receita tributária perdida pelos estados que garantirem benefícios fiscais para esses setores. O governo federal reduzirá pela metade as taxas de transporte cobradas das companhias aéreas e os encargos cobrados dos cruzeiros marítimos que aportarem no país.

Fonte: DC - 06-05-2009


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