A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou ontem que seus cientistas investigarão a hipótese de um especialista australiano de que o vírus da gripe A foi produto de um erro humano em laboratório.
O porta-voz da OMS, Gregory Hartl, declarou:
– Pedimos a nossos especialistas para que determinem se há provas. Por enquanto, é cedo demais para dizer algo o respeito.
A gripe A já atinge 5.728 pessoas em 33 países, incluindo 61 mortes. Segundo novo balanço da organização, os Estados Unidos mantêm o maior número de casos da doença, com 3.009 registros, incluindo três mortes – um bebê mexicano e uma professora americana no Texas e um homem em Washington.
O México, considerado epicentro da gripe, tem 2.059 casos da doença e o maior número de vítimas: 56. O Canadá registrou 358 casos confirmados em laboratório, incluindo uma morte. A Costa Rica tem oito casos registrados, incluindo também uma morte.
A OMS registra ainda casos da doença na Espanha (98), Reino Unido (68), Panamá (29), França (13), Alemanha (12), Itália (9), Israel (7), Nova Zelândia (7), Colômbia (6), Japão (4) e El Salvador (4). Guatemala, Holanda e Coreia do Sul têm três casos cada.
Já China, Finlândia, Noruega, Suécia e Tailândia têm dois casos cada. Argentina, Austrália, Áustria, Cuba, Dinamarca, Hong Kong, Irlanda, Polônia, Portugal e Suíça têm um caso cada.
Sobe para 37 número de casos suspeitos
O número de casos suspeitos da gripe no Brasil subiu para 37, segundo relatório divulgado ontem pelo Ministério da Saúde. Na terça-feira, eram 32. A quantidade de casos confirmados permanece sendo oito.
Os casos suspeitos estão nos estados de São Paulo (14), Minas Gerais (7), Pernambuco (3), Rio de Janeiro (3), Alagoas (2), Ceará (1), Pará (1), Rio Grande do Sul (1), Rondônia (1) e no Distrito Federal (4). Santa Catarina teve um caso confirmado – uma menina, em Florianópolis –, mas a paciente já recebeu alta.
Paciente recebe alta no Rio
O primeiro paciente a ser diagnosticado com gripe A no Rio de Janeiro teve alta ontem e deixou o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho. Roberto Fiszman, chefe do setor de Epidemiologia e Avaliação do hospital, informou que o paciente “está curado, não oferece nenhum risco de transmissão e está imune ao vírus”.
O rapaz de 21 anos contraiu a doença após viajar para Cancún e voltar para o Brasil em voo que fez escala na Cidade do México.
A mãe e a irmã do jovem, que estavam em quarentena domiciliar voluntária, também foram liberadas após 10 dias. Elas não apresentaram nenhum sintoma.
Após ter alta, o rapaz não quis ser fotografado e falou apenas por telefone com alguns jornalistas.
Ele relatou que ficou em isolamento total e se disse preocupado com o amigo e a mãe dele, que foram contaminados por ele.
O rapaz contou que não tomou medicamentos, pois o remédio indicado deve ser consumido apenas nas primeiras 48 horas após o surgimento dos sintomas e ele foi ao hospital depois disso.
Fonte: DC - 14-05-2009