“Pela primeira vez na história do Cepon um grito de alegria”. É com esta frase que a enfermeira do Hospital do Centro de Pesquisas Oncológicas de Florianópolis, no Centro, Camila da Luz, 28, resumiu o nascimento de uma criança na recepção do centro na manhã de ontem.
Segundo ela, até as 10h tudo estava normal. Às 9h, um óbito de um paciente entristeceu o início da manhã. Mas às 10h, uma jovem de 25 anos, que preferiu ter sua identidade preservada, estava a caminho da maternidade a pé e sozinha quando teve contrações e percebeu que o bebê iria nascer naquele instante.
Acolhida pelos funcionários do Hospital do Cepon, deitou nas cadeiras da sala de recepção e a enfermeira Camila pediu lençóis e um par de luvas para amparar a criança que já estava com a cabeça fora do ventre da mãe.
“Emocionalmente estamos preparados para óbitos, assim com o nascimento todo mundo chorou, porém, de alegria”, relata a enfermeira Camila, responsável por um parto pela primeira vez.
O técnico administrativo, Irineu Nunes, 49, presenciou toda a movimentação e auxiliou como pôde, mas também não conteve a emoção. “Em poucos minutos todos os funcionários, pacientes e familiares correram para a recepção e queriam ajudar ou pelo menos assistir a cena mais mágica da vida: o nascimento de uma criança”, resume.
Com o bebê nos braços, uma menina de 2 quilos e 300 gramas e 43 centímetros, a mãe de primeira viagem foi encaminhada para a Maternidade Carmela Dutra, no Centro de Florianópolis. Bem de saúde, disposta e louca para voltar para casa, a jovem contou que descobriu a gravidez há apenas dois meses. “Fiquei muito assustada, até ontem não tinha caído a ficha da gravidez e hoje ela já está nos meus braços”, relatou.
Fonte: Notícias do Dia - 22-05-2009