As pessoas que procuraram ontem o Hospital Universitário (HU), em Florianópolis, encontraram uma situação muito diferente da registrada na quarta-feira, quando os pacientes formaram duas imensas filas, de cerca de 400 metros de extensão cada uma, para marcar um retorno médico.
O atendimento, ao contrário, foi realizado ontem de forma rápida, sem os tumultos e a indignação que predominaram na quarta-feira em razão do tempo de espera - alguns, entre idosos, grávidas e doentes, permaneceram durante todo o dia sob forte sol para chegarem aos oitos guichês de agendamentos.
As filas são comuns na instituição e ocorrem a cada três meses, pois o HU tem um sistema de agendamento trimestral de retornos - ou seja, quem marcar a consulta hoje, será atendido em até três meses.
Se não conseguir vaga, o paciente precisa voltar em 90 dias. Hoje, a capacidade de atendimento é de 38 mil a 40 mil retornos, dependendo do período do ano.
A médica Ana Maria Stamm, vice-diretora da instituição, justifica que este sistema atual é o que mais agilizou a marcação de retornos e conseguiu dar conta da alta procura pelo atendimento - uma demanda que cresceu a partir de 2004, quando o HU passou a atender todo o Estado e não somente a Grande Florianópolis como antes ocorria.
A vice-diretora considerou que as pessoas se precipitaram quando resolveram marcar o regresso no médico no dia 12 de dezembro, primeiro dia de agendamentos, porque durante as próximas semanas é também possível agendar.
Fonte: Diário Catarinense - 14-12-2007