Mais um incidente por conta da precariedade nas instalações de unidades de saúde brasileiras, conforme ocorreu três vezes em menos de um mês no Hospital das Clínicas de São Paulo (HC). Desta vez foi em Londrina, no Paraná. Parte do teto de gesso da enfermaria feminina do Hospital Universitário (HU) caiu na última segunda-feira, mas a informação só foi divulgada pela direção do hospital nesta quinta-feira (07/01). Ninguém ficou ferido.
O presidente da Fenam, Eduardo Sanatana, lamentou mais esse incidente ocorrido em uma unidade de saúde no país e reforçou a meta da entidade em promover, junto com os sindicatos médicos e de profissionais da área de engenharia, a fiscalização em hospitais. "Trabalhar em ambientes que não oferecem segurança, tanto aos médicos e a outros trabalhadores da saúde quanto aos usuários, compromete a qualidade do serviço e coloca em risco a integridade física de profissionais e da população”, argumenta o presidente da Fenam.
No mês passado, quando aconteceu um curto circuito no prédio dos ambulatórios do HC, a diretoria da Fenam decidiu buscar uma forma de fiscalizar, juntamente com os sindicatos da categoria, as dependências de várias unidades de saúde em todo o país, com o objetivo de verificar em que condições os médicos e demais profissionais da saúde estão atendendo aos usuários e que risco eles correm durante o desempenho de suas atividades. Conforme a gravidade do caso, a entidade pode até pedir a interdição de todas as unidades de saúde que não oferecerem as condições de segurança adequadas a médicos e usuários.
De acordo com informações publicadas no Jornal do Estado, a unidade onde ocorreu o incidente fica no mesmo prédio do Centro de Queimados e foi inaugurada em 10 de agosto do ano passado, com 47 leitos de enfermaria. Os três que ficam no quarto atingido pelo desabamento estão desativados e os outros estão lotados, afirma a publicação.
"O investimento na reforma e ampliação do local custou R$ 850 mil, bancados com recursos próprios da instituição. O governo estadual utilizou verba de R$ 184 mil na compra de equipamentos e material permanente. A obra foi feita pela Construtora Tuiuti, de Maringá. A reportagem do Jornal do Estado procurou os responsáveis pela empresa, mas foi informada que ninguém falaria sobre o assunto".
Fonte: Imprensa Fenam, com informações do Jornal do Estado - 08/02/2008