A noite de segunda-feira foi de transtornos para os pacientes que procuraram o Hospital Florianópolis, na Capital. Eles reclamam da falta de médicos e da demora no atendimento.
A cobradora de ônibus Josiane Amorim sentiu-se mal no trabalho. Levou mais de quatro horas para ser atendida na emergência do hospital. Na sala de espera da emergência, dezenas de pessoas estavam na mesma situação. Fora do hospital, mais pessoas ficaram esperando sem saber se seriam atendidas.
Um funcionário do hospital disse à reportagem que o hospital só tinha um clínico das 12 às 20h, quando normalmente trabalhavam três.
— Essa situação é desumana para o paciente e o médico.
Os médicos também reclamam. Segundo o clínico geral Antônio Pereira, ele sempre enfrenta o plantão sozinho.
O médico Rodrigo Lemos diz que quando chega para trabalhar, já encontra 50 pacientes esperando. Somando os casos que chegam durante a jornada, ele atende 80 pessoas: um paciente a cada 7 minutos.
— A conseqüência é o aumento do risco de ter algum diagnóstico errado e alguma lesão séria para o paciente.
O superintendente da rede pública estadual de hospitais, Lester Pereira, disse que o normal seriam pelo menos dois clínicos gerais durante o dia. Ele disse que vai investigar o caso e se manifestar sobre a reclamação dos médicos e dos pacientes amanhã, no Jornal do Almoço.
Fonte: Diário Catarinense - 19-02-2008