27-03-2008 - Atendimento será normal na maternidade do Hospital Regional

A maternidade do Hospital Regional, em São José, na Grande Florianópolis, não vai mais fechar as portas até abril por falta de médicos, conforme o anunciado por profissionais da área.
As cirurgias ginecológicas e o atendimento ambulatorial para estes procedimentos cirúrgicos, no entanto, continuam cancelados por falta de anestesista.
Hoje haveria a paralisação das atividades no setor de ginecologia e obstetrícia porque os 27 médicos que atuam no local não estão dando conta da demanda. De acordo com o médico ginecologista Vânio Lisboa, alguns colegas estão com problemas de saúde por causa do excesso de trabalho. Diante da situação, resolveram fazer escalas. Neste mês, a escala só cobriria até ontem.
A gerente técnica da instituição, Marise Rodrigues, garantiu que a escala de plantão foi refeita com a colaboração de alguns médicos do setor, de um profissional que estava de férias e de um médico aprovado no concurso do ano passado. Outros cinco especialistas chamados pela Secretaria de Estado da Saúde devem se apresentar até o dia 17 de abril.
Mas o que a secretaria ainda não resolveu é a falta de um anestesista para fazer as cirurgias ginecológicas consideradas sem emergência.

Com estrutura, mas sem profissionais
Desde outubro do ano passado, quando o setor de ginecologia e obstetrícia teve um déficit de sete médicos no quadro por causa das demissões para substituições por concursados, aposentadorias e afastamentos por problemas de saúde, o Hospital Regional parou de oferecer os serviços prestados no ambulatório de cirurgias ginecológicas e de fazer cirurgias como laqueaduras.
Antes desse período, os médicos se revezavam entre o ambulatório, as cirurgias e os procedimentos da maternidade. Com o aumento da demanda, os profissionais mal conseguem atender às mulheres que chegam à emergência obstétrica, situação que deve mudar com a chegada dos seis profissionais, segundo expectativas da chefia do setor.
De acordo com o médico Flávio Vieira, chefe do serviço de ginecologia e obstetrícia do hospital, todos os médicos anestesistas aprovados no concurso foram chamados e já estão trabalhando. Mas, segundo ele, esses profissionais precisam atuar em setores de prioridade do hospital, como a ortopedia.
- Temos instituições de referência como a Maternidade Carmella Dutra para atender as pacientes que necessitam dessas cirurgias - disse o médico.

Fonte: Diário Catarinense - 27-03-2008


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