31-03-2008 - Hospitais do Exército iniciam atendimento contra dengue no RJ

As Forças Armadas abrem hoje três hospitais de campanha no Rio de Janeiro. Eles irão ajudar no atendimento aos doentes da epidemia de dengue. O número de casos notificados em todo o Estado já chega a 45 mil apenas em 2008.
No final de semana, pelo menos quatro novas mortes foram registradas, três delas de crianças. Elas se somam aos 54 mortos já contabilizados pela Secretaria Estadual de Saúde. Outros 60 óbitos notificados estão sob investigação laboratorial. A capital fluminense lidera o número de mortes oficiais: 31.
A Aeronáutica apresentou ontem as barracas do seu hospital de campanha, que vai funcionar na sede campestre do clube da Força, na Barra da Tijuca (zona oeste). Ele será o único das três unidades militares que terá as portas abertas ao público a partir de hoje.
A unidade tem um laboratório capaz de fazer exames de sangue para diagnosticar a doença em poucos minutos, uma central de emergência e uma UTI móvel para estabilizar e transferir os doentes que tiverem complicações durante as sessões de hidratação.
Os hospitais do Exército, na Vila Militar de Deodoro (Zona Norte), e da Marinha, em Nova Iguaçu, receberão somente os casos encaminhados pela rede pública para hidratação venosa. O governo estadual, que já inaugurou quatro tendas de hidratação, abrirá outras duas esta semana.

Passeata para protestar contra a ação das autoridades
A Zona Oeste é a região da cidade com maior taxa de incidência da dengue. Só a região de Jacarepaguá conta 1,6 mil casos para cada 100 mil habitantes. A média em toda a capital é de 534 para cada 100 mil.
Ontem, o cenário era caótico na emergência pediátrica do Hospital Cardoso Fontes, que era administrado pela prefeitura e foi retomado pelo governo federal na intervenção de 2005. Mães que não conseguiam atendimento para seus filhos se queixavam da falta de pediatras.
A alta incidência da dengue entre as crianças nesta epidemia levou um grupo de manifestantes à Praia da Barra ontem. Com meninas e meninos fantasiados de mosquito, cerca de 200 moradores de bairros da Zona Oeste protestaram contra a ação insuficiente das autoridades e tentaram conscientizar as pessoas da necessidade de eliminar focos.

Fonte: Diário Catarinense - 31-03-2008


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