Durante todo o dia e parte da noite de ontem a sala de espera do raio X do Hospital Celso Ramos, em Florianópolis, ficou lotada. Algumas pessoas estavam no hospital desde às 7h e só foram atendidas depois das 19h, quando a reportagem chegou ao local. Naquele horário, pelo menos 30 pacientes ainda esperavam. Quarenta minutos depois, o movimento já era normal.
Marcos Ribeiro, de 32 anos, esperava, na verdade, desde a semana passada. Ele contou que terça-feira passada foi ao hospital com o braço quebrado em um acidente de moto, para mais uma consulta com o ortopedista.
Chegou às 13h para ser atendido, mas só conseguiu tirar a radiografia e sair do hospital às 20h30min.
- Não pude mostrar para o médico porque ele já tinha ido embora. Então minha espera foi para nada. E hoje estou aqui de novo, aguardando - reclamou o técnico de informática, que saiu de lá depois das 19h30min, com esperança de ainda mostrar a radiografia ao ortopedista.
Instituição tentou nova forma de atendimento
Tanta demora seria causada pela demora do novo sistema de atendimento implantado há duas semanas pelo coordenador da unidade, Fernando Slovinsks, que não estava no local.
O gerente administrativo do hospital, Antônio Nicolau Turnes, explicou que na forma anterior de atendimento, cinco pacientes eram chamados por vez, colocavam uma camisola do hospital, faziam o raio X separadamente e o grupo esperava a revelação. O processo pelo sistema anterior demorava cerca de 20 minutos.
- O novo atendimento dá mais privacidade, o paciente é chamado individualmente e demora o mesmo tempo. Mas não está funcionando porque não tem agilidade e as emergências de outros hospitais estão fechadas - revelou o gerente do Celso Ramos.
Ele garantiu que hoje o sistema de atendimento volta ao normal, com método antigo.
Fonte: Diário Catarinense - 09-04-2008