25-04-2008 - Alagoas: caos na emergência

Na noite da última quinta-feira, 24/04, o presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas, Wellington Galvão, recebeu um telefonema desesperado de uma médica, que estava de plantão na Unidade de Emergência. Ela contou que enquanto operava uma pessoa no Centro Cirúrgico, era monitorada pela acompanhante de um outro doente, que aguardava atendimento. Ao concluir a cirurgia, foi abor-dada pela mulher, que havia permanecido o tempo todo na porta do Centro Cirúrgico. A mulher disse à médica que ela havia “demorado demais naquela operação” e deveria ir logo atender quem estava esperando fora do Centro. A médica disse ao presidente do Sinmed que estava sobrecarregada, estressada e com medo dos pacientes e de seus acompanhantes.     
Esse é apenas um exemplo da situação caótica e de falta de comando da Emergência. Lá, entra e circula livremente quem quer. A única exceção é para jornalistas, que têm o acesso proibido e rigorosamente controlado para que não possam mostrar o que ocorre no hospital. A falta de segurança para os profissionais é total; o descaso com os pacientes também.     
Durante vários plantões, o Centro Cirúrgico é fechado, deixando de realizar cirurgias, porque está servindo para internação de doentes que deveriam estar em UTI. Paciente internado no chão está em acomodação de luxo, pois muitos vêm sendo “acomodados” na área de expurgo do Centro Cirúrgico, onde, na quinta-feira à noite, havia até um varal.     
"A superlotação e a sobrecarga dos profissionais da UE atingiram um nível insustentável. E o governo? O governo mandou convite para apresentar o programa Avança Saúde. Avançar como, se não há gerenciamento, investimento, respeito aos profissionais e nem à população? Na saúde não tem avanço; é só retrocesso e caos", afirma o presidente do Sinmed, Wellington Galvão. 

Fonte: Assessoria de Imprensa do Sinmed Alagoas - 25-04-2008


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