25-04-2008 - Caos no Hospital Celso Ramos

"Estamos próximos do limite", confessa o diretor geral do Hospital Celso Ramos, Libório Soncini, ao reasumir a atual situação do setor de emergência e ortopedia da unidade de saúde. Nos últimos dois meses, para conseguir atendimento no local é preciso se preparar para esperar até 12 horas. O aumento da demanda de pacientes no Celso Ramos é reflexo do fechamento da emergência do Hospital Regional de São José, que tem atendido apenas pacientes graves, para permitir as obras de reforma e ampliação da ala até final do ano.
Quem tem arcado com o problema é a população. Com uma torção no pé depois de um acidente, o motorista Clóvis Costa, 42 anos, saiu de Barreiros, em São José, quarta-feira,de moto-taxi, para tentar atendimento ortopédico no Regional. Ao ver as faixas informando para procurar outros hospitais e postos de saúde, Clovis partiu para o Hospital Florianópolis. Sem sucesso, chegou às 9h na ortopedia do Hospiatl Celso Ramos e foi atendido somente às 19h.
Sentindo dores fortes,o motorista teve que encarar a longa espera e ainda observar o desespero de outros pacientes na mesma condição.Segundo o motorista, a falta de médicos complicou ainda mais o atendimento no setor. "Só tinha um médico para atender 10 pessoas. É triste", conta, indignado.

Demanda aumenta 40% após obras no Regional
Segundo o diretor geral do Hospital Celso Ramos, Libório Soncini, com o fechamento da emergência do Regional a demanda de pacientes aumentou 40% numa estimativa de 450 atendimentos por dia na emergência e na ortopedia. Para o diretor, o problema não é o número de médicos que está dentro do normal, mas sim a capacidade de atendimento das alas, que está chegando qao limite. A emergência do Celso Ramos possui dois clínicos gerais e dois cirurgiões, além de dez leitos e 20 cadeiras de observação. A prtopedia trabalha com três médicos. De aocrdo com o diretor, está sendo estudada com a Sercretaria Estadual de Sapude a vialibilidade de deslocar pacientes em tratamento para o São José, para desafogar leitos no Celso Ramos. "As pessoas devem procurar os postos de saúde" orienta o diretor.

Postos de saúde é opção nos casos sem urgência
As obras de aqmpliação do setor de emergência do Hospital Regional de São José iniciaram há dois meses e devem proseguir até o final do anos, segundo o diretor Jorge Coelho. A expectativa é melhorar o atendimento de pacientes em caráter de urgência e emergência. Estão prevista a utilização do sistema de acolhimento por classificação de riscos, nova sala de trauma e uma sala semi-intensiva com ventilação mecânica, além de novos equipamentos, como um ultrasom portátil. O espaço físico vai aumentar de mil para 1,5 mil metros quadrados. O número de atendimentos diários no setor chega a 20 mil por mês, sendo que 70 a 90% são casos que não requerem urgência.

Fonte: Notícias do Dia - 25-04-2008


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