21-05-2008 - Hospital Celso Ramos: Máquinas para hemodiálise fora de uso

Horas de espera e desconforto durante o tratamento. Esta é a rotina dos 300 pacientes que passam pelo setor de hemodiálise no Hospital Celso Ramos, em Florianópolis. A situação se agrava diante da falta de máquinas em bom estado para o uso do tratamento. Conforme os pacientes, dos 17 equipamentos, cinco estão quebrados.
Há seis anos em tratamento, Pedro dos Santos Filho, 53 anos, afirmou que a situação está cada vez pior. Além de poucas máquinas, a demora pelo atendimento prejudica a saúde de quem já está doente.
- Espero uma hora e meia sentado num sofá duro ou em pé. Saio mais cansado e estressado. Nos últimos dois anos, houve aumento de paciente e o número de máquinas continua o mesmo ou diminuiu, pela falta de manutenção - reclamou.
O diretor do hospital, Libório Soncini, discorda das denúncias. Segundo ele, são 15 máquinas em funcionamento e duas na manutenção.
- A demanda é grande e, por isso, foram realizados contratos com o Hospital Universitário (HU), Hospital de Caridade e com a Clinirim, para atender pelo SUS. Mas o atendimento do Celso Ramos é adequado - disse.
Soncini afirmou que, em dois meses, o setor será reformado.
- O projeto já está pronto e a reforma é para a ampliação do setor. Novas máquinas serão adquiridas; e a estrutura, melhorada.
Segundo o presidente da Associação dos Pacientes Renais de Santa Catarina, Juarez Nunes, o problema é o tempo de uso das máquinas.
- Cinco delas estão realmente quebradas. São antigas e defasadas, que necessitam de constante manutenção - relatou.

Diminuição do tratamento para atender a todos
Dezesseis horas por semana seria o tratamento receitado para Merilde Ross, 38 anos, que há dois faz hemodiálise no Hospital Celso Ramos. Mas, no último mês, passou a participar de um rodízio para que outros pacientes sejam atendidos.
- Uma vez por semana o tratamento é de três horas e meia ou menos. Não sei se é certo, mas conforme o pessoal do hospital, esse rodízio de horário é para atender todos que esperam - disse.

Fonte: 21-05-2008


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