A precariedade no atendimento médico e as péssimas condições físicas da rede hospitalar foram as principais reclamações feitas na audiência pública promovida, dia 19, pela Comissão de Saúde para discutir a situação dos hospitais da Grande Florianópolis.
Após quatro horas de reunião no Plenarinho Deputado Paulo Stuart Wright, coordenada por um dos proponentes do encontro, deputado Jailson Lima (PT), foram aprovados encaminhamentos para melhorar a qualidade da saúde na região: a apresentação de uma emenda na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que tramita na Casa, relatada pelo deputado Renato Hinnig (PMDB), que possibilite a contratação de mais funcionários para os hospitais e a realização de um grande Seminário sobre Gestão Hospitalar e Consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS).
Jailson explicou que o seminário, ainda sem data definida, vai discutir a gestão e classificação dos hospitais catarinenses; adequação ou fechamento, caso se comprove sua ociosidade para o sistema; e a resolutividade dos hospitais - se têm capacidade de atender e liberar o paciente devidamente medicado e tratado de forma adequada, com o menor tempo de internação possível. O evento deverá reunir associações e organizações presentes na audiência.
Modelo -Outro ponto importante a ser discutido será o princípio de união e consolidação do SUS, enquanto modelo de saúde pública universal. “O nosso objetivo é contribuir com o melhoramento da estrutura dos hospitais em todo o estado. Temos que ter claro que, enquanto parlamentares, nos cabe fiscalizar e traçar condutas conjuntas que serão estabelecidas para que possam colaborar para as melhorias”, enfatizou o parlamentar. O líder do PDT, deputado Sargento Amauri Soares, outro proponente da audiência pública, enfatizou que os problemas na saúde decorrem da falta de políticas de Estado, que não tem planejamento de longo prazo. Segundo Sargento Soares, nada foi feito para melhorar a situação nos últimos 20 anos. Outra preocupação do parlamentar está no fato das reformas na estrutura física acontecerem com os hospitais fechados. “Isso tinha que acontecer de uma forma diferente.
Gasta-se muito, mesmo assim ainda é pouco, e gasta-se mal”, lamentou. Precariedade da rede hospitalar da região será discutida num grande Seminário sobre Gestão Hospitalar e Consolidação do Sistema Únido de Saúde.
Fonte: Jornal da ALESC - 23-07-2008